Contra as violações de direitos humanos no Mundial 2022 no Catar... e em 2030 em Marrocos?
por Safaa Dib
Desde que foi anunciado que o Catar acolheria o torneio do Mundial 2022, várias organizações humanitárias denunciaram, de forma veemente, as inúmeras violações de direitos humanos no país, em especial os direitos dos trabalhadores migrantes que foram contratados para construir os estádios e infraestruturas. Ao associar este torneio a um país com um historial de graves violações de direitos humanos, permitiram que fechemos os olhos ao racismo, à xenofobia, à discriminação e preconceito que tanto temos vindo a combater em Portugal e no seio da União Europeia.
O LIVRE apresentou um voto de condenação da realização do Mundial 2022 no Catar, e reforçou que a prática de um desporto inclusivo e sem discriminações é incompatível com a sua realização num país como o Catar, sendo Lisboa uma cidade defensora dos valores da liberdade e dos direitos humanos.
Agora que se apresenta uma candidatura conjunta ao Mundial 2030 de Portugal, Espanha e Marrocos — que oprime o povo do Saara Ocidental —, é caso para perguntar: Não vamos aprender com os erros?