Pela devolução da Avenida de Ceuta às pessoas

por Francisco Costa

Perfil da proposta do LIVRE para a Avenida de Ceuta

Uma das primeiras propostas apresentadas pelo gabinete do LIVRE na Câmara de Lisboa, em dezembro de 2021, defende o regresso da água ao Vale de Alcântara. De acordo com a moção “Pela Devolução da Avenida de Ceuta às pessoas”, está previsto um novo rio ao centro da Avenida, como já estava planeado no projeto do executivo municipal anterior.

Mas a proposta vai mais longe ainda e propõe a redução do trânsito automóvel na via, de modo a privilegiar o transporte público e garantir uma maior fluidez e eficiência através de um corredor BUS segregado e ininterrupto. Ao mesmo tempo, seria libertado mais espaço para a criação de passeios e condições de acessibilidade e segurança pedonal em ambos os lados da Avenida. Algumas das medidas passam também por criar percursos pedonais sombreados bem como a construção de ciclovias, fazendo a ligação da rede ciclável a norte.

A moção do LIVRE foi apresentada no âmbito da Proposta do Executivo de Carlos Moedas com vista à Reparação Urgente de Rotura no Caneiro de Alcântara (Troço junto À ETAR De Alcântara). Esta rotura determinou o corte do trânsito na Avenida de Ceuta, no sentido Sul-Norte, passando ambos os sentidos a fazer-se no espaço antes reservado ao sentido Norte-Sul. Mas enquanto durou, esta alteração drástica ao trânsito automóvel não provocou quaisquer aumentos significativos do congestionamento ou de circulação do tráfego automóvel na Avenida.

No seguimento desta intervenção de emergência da CML, o LIVRE propõe que a Avenida de Ceuta não volte a reabrir à circulação automóvel nos moldes anteriores, procurando tornar esta avenida urbana mais segura, ecológica e humana.

A moção do LIVRE surge em linha com a promulgação, pelo Presidente da República, da Lei de Bases do Clima, que reúne as orientações para a política climática portuguesa e admite a antecipação da neutralidade carbónica do país, e vai ao encontro do compromisso assumido pelo próprio Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, responsável pelo Pelouro das Alterações Climáticas.

Apesar de aprovada por unanimidade, até ao fecho desta edição, e quase ano e meio depois da sua votação, esta proposta não teve qualquer desenvolvimento pelos vereadores com pelouro do executivo de Carlos Moedas e continua por concretizar.

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