Candidata a: Câmara Municipal de Lisboa

Isabel Mendes Lopes


Engenheira Civil
Nacionalidade: Portuguesa | Naturalidade: Reino Unido | Residência: Lisboa

Tenho 35 anos e sou de Lisboa, onde sempre vivi. Licenciei-me em Engenharia Civil, especializei-me em transportes. O meu interesse por esta área deve-se à sua transversalidade porque, por um lado, alia a engenharia às ciências sociais e requer conhecimento sobre o comportamento e a tomada de decisão e, por outro, tem impactos enormes em inúmeros aspectos da nossa vida e da nossa sociedade (desde a organização do território até à garantia da igualdade, por exemplo). Preocupam-me particularmente as questões de aprofundamento da democracia e de construção de uma sociedade mais justa e digna, onde a distribuição da riqueza, do tempo e das oportunidades seja equitativa. Antes do LIVRE nunca estive associada a movimentos organizados ou formais de intervenção cívica ou política. Desde de há alguns anos que sinto a necessidade de participar mais e, principalmente, de me agregar a movimentos consequentes. Acompanhei por isso as várias iniciativas que foram surgindo e envolvi-me no nascimento e crescimento do LIVRE. Faço agora parte do Grupo de Contacto do LIVRE.

Áreas de interesse: Abertura e Inclusão, Inovação, Mobilidade, Urbanismo

Apresentação da Candidatura

Acredito que a concretização da visão que temos para o mundo e para nós é feita localmente e globalmente, em paralelo. A luta por uma sociedade mais justa e digna deve ser feita a várias escalas.
Os órgãos locais têm um papel essencial na nossa democracia e uma influência direta na comunidade. Apresento a minha candidatura à Câmara Municipal de Lisboa porque neste órgão executivo é possível fazer e construir todos os dias o rumo da cidade.

A proximidade dos municípios e das freguesias com os seus cidadãos tem de assegurar que todos são ouvidos e que têm oportunidade de participar nas tomadas de decisão dos assuntos da sua rua, bairro, freguesia e cidade. Acredito que há ainda muito a fazer e a melhorar. Além da simplificação de processos, é necessário apostar numa comunicação clara, simples, acessível e transversal, que chegue a todos, independentemente da sua língua ou grau de literacia. Essa preocupação deve ser também transmitida a todos os equipamentos e empresas da cidade. Quero que Lisboa seja uma cidade clara.

A cidade de Lisboa tem condições excepcionais para se tornar uma cidade sustentável. A aposta numa eficiência energética mais efectiva do seu edificado e dos seus transportes, numa mobilidade mais inteligente, numa produção de energia e de alimentos mais local, entre outros será essencial nestes próximos anos. Quero que Lisboa seja uma cidade verde.

Um dos bens mais escassos é o nosso tempo. Devíamos conseguir ter tempo para dedicar a nós, à nossa família, ao nosso trabalho, ao nosso lazer e à nossa comunidade. A organização da cidade, dos seus usos e dos seus transportes deve ser pensada de forma a oferecer mais tempo de qualidade. Quero que Lisboa seja uma cidade de tempo.

Os próximos anos trarão alterações substanciais à forma como vivemos, trabalhamos, nos movimentamos e vivemos em comunidade. A progressiva automação automóvel e a partilha de transportes – desde bicicletas até ao comboio – alteram profundamente o pensamento convencional sobre a mobilidade. A conectividade constante e a desmultiplicação de atividades alteram a forma como a cidade é vivida e os seus horários. As mudanças que são necessárias no sistema educativo alteram (espero) a forma como as escolas e a comunidade interagem. É necessário pensar já que cidade queremos e como a podemos construir. Quero que Lisboa seja uma cidade de futuro.