A Baixa é um dos corações da cidade de Lisboa.
É preciso preservar a sua história e o seu passado mas também escolher o seu rumo futuro.
A Baixa de Lisboa é um dos locais mais emblemáticos da cidade e um lugar único pela sua localização na cidade, pela sua proximidade ao rio Tejo, pela sua história (e que história!), pela sua arquitetura e pela sua vida. Preservar e manter viva a cidade de Lisboa passa também por salvaguardar a Baixa e as suas características únicas e por garantir que não é unicamente dominada pelo inevitável turismo.
Foi por isso que recebemos com entusiasmo a notícia da candidatura da Baixa a património mundial, apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa à UNESCO em janeiro de 2023, depois do LIVRE muito ter insistido na importância dessa candidatura. Mas precisamos de mais: precisamos de conhecer o atual estado de conservação da Gaiola Pombalina, de dar a conhecer as múltiplas camadas de história da Baixa com um centro interpretativo do Pombalino ou a divulgação de uma carta arqueológica e de um roteiro pela história da Baixa. Para salvaguardar o património não basta preservá-lo, é preciso também dá-lo a conhecer.
E temos de continuar a fazer história, na Baixa de Lisboa, e de garantir que a Baixa ganha vida e é vivida pela cidade e pelas suas pessoas, sem ser descaracterizada ou monopolizada pelo turismo. Por isso, o LIVRE defende que haja um debate público sobre o futuro da Praça do Comércio, motivado pela saída dos ministérios que hoje ocupam o edificado do Terreiro do Paço, de forma a garantir que este espaço é aproveitado à luz de uma visão mais cultural e artística, mais focada no acesso ao conhecimento e no exercício da cidadania, acolhendo todas as pessoas que moram, trabalham ou visitam Lisboa. E também por isso, o LIVRE defende a preservação das lojas com história na Baixa, a manutenção da habitação e de habitação acessível, a plantação de árvores e vegetação ou ainda a implementação da Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa-Chiado — todas medidas essenciais para assegurar qualidade de vida a quem está na Baixa.
Preservar a Baixa é também dar-lhe vida. Continuaremos a lutar por isso.