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Abrigar do calor: uma rede de refúgios climáticos em Lisboa

por Isabel Mendes Lopes

Lisboa, à semelhança do que já existe em várias cidades do mundo, deve ter uma rede de refúgios climáticos, onde as pessoas possam buscar abrigo do calor, pela sua saúde e bem-estar.

Fonte: Esri, Intermap, NASA, NGA, USGS

Um dos problemas que os eventos extremos, como ondas de calor, podem trazer é o isolamento das pessoas e a redução do convívio e lazer na cidade. Mas, numa onda de calor, “ficar em casa” não é uma boa opção. As nossas casas são termicamente más e não as conseguimos arrefecer: em Lisboa passa-se muito calor no verão dentro de casa. A exposição continuada das pessoas — especialmente das mais vulneráveis — a temperaturas elevadas tem efeitos devastadores na sua saúde e no aumento da mortalidade. 

Lisboa deve ter uma rede de refúgios climáticos, locais espalhados por toda a cidade, acessíveis a poucos minutos a pé, onde as pessoas possam abrigar-se do calor e continuar a conviver, a realizar atividades, a brincar. Existem já muitos espaços em Lisboa que podem servir de salvaguarda nas horas de maior calor, como bibliotecas, museus, pavilhões, piscinas municipais, edifícios municipais e que poderiam ser anunciados imediatamente como refúgios climáticos. E novos espaços devem ser criados nos próximos anos, exteriores ou interiores, para que todas as pessoas tenham um refúgio climático perto de casa e assim abrigar-se, de forma confortável, do calor, pela sua saúde e o seu bem-estar. 

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