França: um futuro democrático é possível
A primeira volta das eleições legislativas em França confirmou o que as sondagens vinham dizendo: o Rassemblement National (RN) foi o partido mais votado. A coligação das esquerdas “Nouveau Front Populaire” (NFP), onde se inclui o partido ecologista francês, ficou em segundo lugar, com o partido que apoia o presidente Emmanuel Macron a ficar em terceiro lugar.
Sendo os deputados eleitos em círculos locais onde apenas o mais votado é eleito, será necessário esperar pela segunda volta para se perceber a constituição final do parlamento francês. Torna-se assim essencial apelar à união de forças do arco republicano e democrático para derrotar os candidatos de extrema-direita. O NFP já anunciou a desistência dos seus candidatos que, tendo passado à segunda volta, ficaram em terceiro lugar, contribuindo assim para facilitar a eleição dos candidatos que não do RN. Infelizmente, do campo do presidente Macron não houve ainda a mesma clareza no apelo ao voto do NFP num cenário de confronto com candidatos do RN.
Esta semana será fulcral para convencer indecisos e virar votos para o campo democrático. O risco de uma maioria absoluta de extrema-direita é real, mas ainda é possível evitar esse cenário. O LIVRE apela portanto à mobilização de todos os eleitores para que se evite o pior cenário e que se possa preparar um futuro democrático em França e em toda a União Europeia.