As alterações climáticas e a financeirização da economia constituem o contexto negro a partir do qual se constrói o filme “Amanhã”, de Cyril Dion. No entanto, este não é um filme de desespero, mas de esperança. O realizador não se deteve apenas na análise dos problemas: foi à procura de soluções. Da agricultura urbana em Detroit às experiências de democracia deliberativa na Índia, e das soluções de compostagem de resíduos urbanos em São Francisco até ao efeito dinamizador da economia local gerado pelas libras de Bristol, “Amanhã” mostra sementes da sociedade do futuro.
O LIVRE revê-se em muitas destas soluções, e sobretudo nos princípios ecológicos e de solidariedade social que as alicerçam. É por isso que o LIVRE tem muito gosto em possibilitar que os açorianos e açorianas vejam este filme: acreditamos que ele os inspirará a tomar o destino da Região nas suas mãos, impulsionando-a em direção a um futuro solidário e ambientalmente equilibrado.
E se mostrar soluções, contar uma história positiva, fosse a melhor forma de resolver as crises ecológicas, económicas e sociais que atravessam o nosso mundo? Após a publicação de um estudo que anuncia a possibilidade do desaparecimento da humanidade até 2100, Cyril Dion e Mélanie Laurent partiram com uma equipa de quatro pessoas, para investigar em dez países aquilo que poderá provocar esta catástrofe e, sobretudo, como evitá-la. Durante a sua viagem, encontraram pioneiros que reinventaram a agricultura, a energia, e economia, a democracia e a educação. Ao juntarem todas estas iniciativas positivas, eles começam a ver emergir aquele que poderá ser o mundo de amanhã…
Espreite como foi o visionamento do Amanhã no Pico, no passado dia 2 de setembro: