Para o LIVRE, todos os dias são o Dia da Terra. Porque foi neste planeta que a vida que conhecemos surgiu, evoluiu, se diversificou e habita. Porque é neste planeta que a civilização humana reside. Porque não existe futuro sem Terra.
E para assinalar o Dia da Terra, o LIVRE reafirma a sua natureza universalista e os seus compromissos com o planeta e com as próximas gerações. A Terra está a atravessar um período muito difícil. Pontos de não retorno estão a ser ultrapassados, fazendo colapsar os ecossistemas. As alterações climáticas deste último século prosseguem a um ritmo nunca antes verificado, colocando-nos a todos num regime instável e volátil. A biodiversidade, com que a espécie humana coevoluiu, está a declinar a um ritmo perigoso, levando consigo milhões de anos de evolução. Os recursos, explorados hoje a um ritmo recordista, não estão a ser repostos. A água potável começa a escassear em várias regiões da Terra e os processos físicos de desertificação do solo avançam. De forma simultânea e paradoxal, a população mundial continua a aumentar.
Estas são as décadas decisivas. As décadas das nossas vidas. A cooperação e a união em defesa do planeta são essenciais. É agora que podemos tomar consciência de que este é um desafio que só pode ser enfrentado assumindo-nos como agentes da transição em conjunto com os movimentos e as forças políticas que pensam na Terra como um todo. Para enfrentar desafios globais, como as alterações climáticas ou o declínio da biodiversidade, ou enfrentar as dinâmicas que geram esses desafios, como o capitalismo desregulado e a desigualdade, é preciso alcançar acordos vinculativos à escala mundial. E para isso, é fundamental dar o passo intermédio, estabelecendo compromissos regionais sólidos e ambiciosos. O LIVRE lembra que este é um dos desígnios da União Europeia como exemplo e agente de mudança. Se formos capazes de nos unir à escala do nosso continente, daremos um grande passo para o fazermos à escala da nossa Terra.
Trabalhemos para que todos sejam bons dias na Terra.