Naturalidade

São João da Madeira

Local de Residência

Porto

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Engenheira de Software

Apresentação Pessoal

Olá! Sou a Inês, tenho 24 anos, sou natural de São João da Madeira e portuense sem (pouco) sotaque há 6 anos. Sempre tive uma enorme paixão pela política e vontade de contribuir para a nossa sociedade, seja através do envolvimento cívico e comunitário como também através de iniciativas mais políticas por natureza. Cresci a ouvir dizer que sou ingénua, excessivamente abnegada e teimosamente utópica. Quando cheguei à universidade percebi que não estava sozinha; quando me deparei com o LIVRE soube que tinha encontrado um porto seguro.

Cresci num ambiente familiar muito marcado pela Troika, e lembro-me de ver a minha mãe a rechear a nossa mesa da cozinha de contas da luz por saldar, lembretes para pagar pequenos empréstimos de familiares, e ginásticas financeiras que até a Simone Biles deixariam impressionada. Olho para trás e orgulho-me de ter um país que me permitiu chegar onde cheguei mesmo com condições de partida desfavoráveis. Ainda assim, desilude-me saber que, infelizmente, hoje existem demasiados portugueses e portuguesas que se sentam à mesa depois do jantar, calculadora na mão, para tentar perceber como vão fazer o dinheiro durar até ao fim do mês. Serve-me como uma chamada para a ação infeliz e urgente.

Outros temas que me apaixonam incluem o feminismo, o anti-racismo, os dirieitos LGBTI+, o ecologismo e a causa palestiniana. Aqui, sinto que posso fazer parte de uma visão mais alargada destas temáticas. Sou uma mulher jovem e queer. Olho para o parlamento e não me sinto representada, e isso é uma das grandes razões que me levam a dar um passo em frente. Políticos têm que ser capazes de representar os seus eleitores, isso está incluído na lista de requisitos para o trabalho. Mas é óvio que todos estamos presos na nossa condição, e por isso ter representantes para os quais temas têm não só um caráter político mas também uma componente pessoal é de extrema importância – já foi comprovado que governos com mais mulheres promovem mais políticas de igualdade entre os géneros.

Agradeço ao LIVRE pela maneira como me acolheram e por defender as causas nas quais me revejo. Foi um orgulho ver o agora deputado Jorge Pinto, a Isabel Mendes Lopes, o Paulo Maucho e o Rui Tavares a ser eleito e espero voltar a ver mais caras do LIVRE a serem eleitos nas Europeias. Da minha parte, quero aproveitar a experiência para me enriquecer enquanto cidadã e para trazer para a mesa alguns dos assuntos que mais prioritários são para mim. Obrigada!

Apresentação de candidatura

Quero trazer os seguintes temas à mesa: políticas económicas sensatas, direitos civis, imigração, refugiados e ecologia.

Sinto uma enorme necessidade de defender o sistema que me permitiu subir no elevador social, que já muitos dizem estar morto. Alguns dos nossos concidadãos, incluindo muitos da minha geração, encontram uma salvação em ideias neo-liberais, já muito presentes na UE. O neoliberalismo não vai elevar Portugal do seu estatuto de mediocridade económica, mas serve sim para dar mais poder ao poder económico e para criar uma economia não especializada, sem investimento de fundo e muito precária. Somos um país com mão de obra qualificada, com recursos naturais interessantes e integrado no mercado europeu. Acredito que conseguimos ser mais do que o recreio dos grandes interesses económicos.

Mas não se fala na economia sem se falar em temas sociais. Mulheres recebem menos 16% do que homens em Portugal, estão sobre-representadas entre os perto de 1.4 milhões de pessoas que prestam cuidados informais, e subrepresentadas na política. Enquanto feminista ferrenha, defendo com vigor as mulheres que não tem direito ao aborto na Polónia, as mulheres que sofrem violência sexual na Républica Democrática do Congo, e as mulheres que não podem estudar no Afeganistão. Mas isso não iliba os restantes países, incluindo o nosso, de serem o mais igualitários quanto possível, e para isso têm que ser alvo de escrutínio. A parte mais complexa de lidar com problemas sociais é que nem tudo é legislável, e existem muitos comportamentos discriminatórios imbuídos na nossa cultura. Uma lei não anula um comentário homofóbico de um colega de trabalho, ou uma conversa com tons racistas no almoço de domingo. Mas pode criar apoios para minorias, imigrantes, e refugiados e ainda garantir que temos uma sociedade justa e livre, porque a liberdade e a justiça não têm que ser mutuamente exclusivas.

É também importante falar do aquecimento global: fator agravante de todos os temas que mencionei acima. O ambientalismo ganha cada vez mais um papel relevante não só porque todos nós temos um dever de defender o nosso planeta, mas também porque, de um ponto de vista muito pragmático, não o fazer é uma irresponsabilidade. O Orçamento de Estado prevê um investimento de 1.3 mil milhões em transportes públicos (apenas 1% do OE) e a UE não vai cumprir a meta de ser carbonicamente neutra até 2050. Ainda há por onde melhorar.

Desejo contribuir para o futuro verde e justo no qual o LIVRE aposta!

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