Candidata por Aveiro

Naturalidade

Aveiro

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Trabalhadora-Estudante

Apresentação Pessoal

Tenho 31 anos e nasci e cresci em Aveiro. Aos 18 anos vim para Lisboa atrás do curso de Engenharia Aeroespacial, no Técnico, que acabaria por não terminar, tendo mudado para Economia na Nova SBE. Desde 2021, faço parte do gabinete de apoio ao vereador do LIVRE, Rui Tavares, na Câmara Municipal de Lisboa. Juntei-me ao LIVRE em 2019, fui membro da Assembleia no mandato 2020-2022 e faço parte do Grupo de Contacto desde 2022.

Em 2022 fui cabeça-de-lista do LIVRE no círculo eleitoral de Aveiro, e candidato-me novamente nestas primárias porque acredito que este é o momento da esquerda verde, europeísta em Portugal.

A principal ameaça ao nosso país e à sociedade tal como a concebemos em democracia é aquilo que nos impedir de continuar a lutar pelo progresso assente nos valores da liberdade e igualdade. A extrema-direita, agora e sempre, ignora ou reprime a solidariedade e empatia numa tentativa de diminuir a nossa humanidade e de nos fazer menos que aquilo que podemos ser. Combater estes fenómenos populistas, a que não estamos imunes, exige de todos nós um elevado sentido de responsabilidade e seriedade, mas também a capacidade para não perder de vista a perspetiva e para evitar atalhos simétricos, simetricamente redutores.

A candidatura do LIVRE nestes legislativas deve ser um farol para o diálogo e compromisso com todos os cidadãos e cidadãs.

Apresentação de candidatura

Depois das últimas legislativas, quando na Europa pensávamos que o pior que aí vinha era uma crise inflacionária, a Rússia de Putin invadiu a Ucrânia, numa manifestação de imperialismo agressivo justificado com o saudosismo histórico de uma História que nunca existiu.
A guerra na Ucrânia persiste, e não podemos permitir que se torne parte da normalidade enquanto deflagram novos conflitos às nossas portas, na Arménia e na Palestina. Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a alguns dos atos mais violentos e desumanos da história de uma região marcada pela violência e as diferenças parecem irreconciliáveis quando os interlocutores não reconhecem a humanidade no adversário e se recusam a aceitar a história comum de dois povos cujos passados e destinos estão intrinsecamente ligados.
O contexto de incerteza económica e o fraquejar das instituições, na guerra, e em crises económicas, como na crise pandémica, geram sentimentos de desconfiança e medo. Estas são as condições certas para a propagação de ideias que são a antítese do que significa viver em comunidade e numa sociedade próspera. Apresentam-se respostas simplistas para questões complexas e distorce-se a realidade para a fazer caber numa visão catastrofista e retrógrada, sem espaço para a esperança ou progresso. O populismo alimenta-se da desconfiança e do medo e oferece um escape fácil no isolamento e no preconceito, à medida que as desigualdades sociais e a falta de perspetivas para a geração mais qualificada da história do país corroem a solidariedade e a democracia nas dimensões nacional e internacional.
Mas podemos realmente julgar quem, entre os nossos concidadãos, não vê a possibilidade de um futuro melhor e se refugia no conforto da resposta mais simples? Quando mal temos tempo para parar? Quando, somos afogados pelas horas de trabalho, pelas preocupações que oscilam com frequência mensal, à medida que o orçamento familiar se vai esgotando. E quando, onde devíamos encontrar liderança e capacidade para projetar e executar uma visão de futuro para o país, temos líderes políticos e governantes que agem com a arrogância e irresponsabilidade que atribuímos a estados da adolescência?
Ora, não só existe alternativa como vale a pena continuar a lutar por ela. Em qualquer encruzilhada, há sempre um mal menor e em sociedade, o egoísmo deixa todos com menos: menos qualidade de vida, menos conexão, menos tempo, menos felicidade, menos paz.
Essa alternativa envolverá confrontar aquilo que instintivamente sabemos não ser viável em perpetuidade: dispomos do capital natural como se de um rendimento se tratasse e empurramos para as gerações seguintes as consequências.
A transição ecológica e digital para uma economia do desenvolvimento, centrada no indivíduo e assente na produção socialmente responsável, não pode ser alheia à defesa intransigente das conquistas da democracia, através do estado social, e ao aprofundamento do seu alcance e adequação, seja no SNS, na escola pública, ou através dos mecanismos de segurança social.
Finalmente, a cultura enquanto dimensão humana universal e intemporal, tem de ter um papel central nas políticas nacionais. Uma sociedade que não reconhece valor na produção cultural ou no tempo para dela disfrutar perde a capacidade de gerar empatia, de sonhar, de ter esperança em algo melhor por que valha a pena lutar, fica aquém de si mesma.
Acredito profundamente nas ideias do LIVRE e na importância que assumem no desenho do país que quero, de uma sociedade mais próspera e livre. Que reclama a liberdade de uma vida digna para todos, independentemente da profissão, ou das horas de trabalho, a liberdade de todos termos acesso a cuidados de saúde, educação de qualidade, e habitação digna, e que reclama as liberdades consagrada nos Direitos Humanos.