Candidato por Fora da Europa

Naturalidade

Casegas

Local de Residência

Washington DC, Estados Unidos da América

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Cientista

Apresentação Pessoal

O meu nome é Marco Filipe Craveiro.

Nasci em 1984 em Casegas, uma pequena aldeia do Concelho da Covilhã, onde vivi até ingressar na Universidade de Coimbra. Em Coimbra comecei por me licenciar em Bioquímica, doutorando-me posteriormente na especialidade de Biologia Molecular. Uma vez na Universidade procurei também conjugar os estudos com algum associativismo académico, tendo chegado a presidir o Núcleo de Estudantes de Bioquímica.

Em 2009, parte do programa doutoral do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC) levou-me até Montpellier (França). Aí vivi durante 5 anos, focado em investigar como o metabolismo afecta a função de linfócitos T. Em 2014, esta deriva para a investigação em Imunologia conduziu-me a um Pós-Doutoramento no National Institutes of Health (NIH) em Bethesda, MD (EUA) dedicado à investigação do desenvolvimento de linfócitos T e no seu mecanismo de reconhecimento de antigénios. 9 anos volvidos, continuo a prosseguir a minha carreira no NIH, agora enquanto cientista interessado no estudo do potencial da imunoterapia no tratamento de cancros.

Sou apoiante do Livre desde 2015 e membro desde 2021. Em 2022 apresentei-me às primárias do Livre enquanto candidato pelo círculo Fora da Europa, candidatura que agora repito. Enquanto apoiante vivi o partido mais como observador, mas a partir da minha inscrição como Membro procurei assumir uma postura mais activa dentro do partido. Nomeadamente, classificaria a minha presença e activismo no Livre em 3 eixos:
1- Luta pela concretização de dois dos pilares fundadores do Livre enfiados na gaveta: transparência e horizontalidade;
2- Promoção da liberdade de expressão e oposição à quantidade crescente de legislação europeia e nacional que atenta contra liberdades fundamentais;
3- Pacifismo e oposição à NATO, sendo bastante crítico das posições de política externa do Livre.

Por isso, aqui me apresento enquanto candidato ao círculo que me representa: Fora da Europa.

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Apresentação de candidatura

Se eu tivesse que classificar o meu posicionamento político em 3 palavras, elas seriam libertário, socialista e soberano. Libertário, porque a verdadeira liberdade existe apenas quando reconhecemos o direito pessoal à autodeterminação. Socialista, porque acredito que a liberdade só é realizável quando os recursos são partilhados. Soberano, porque a concretização dessa liberdade requer controlo sobre as próprias condições de existência, seja a nível do indivíduo, do grupo social ou da nação.

Estou no Livre porque acredito ser, no espectro português, o partido que melhor representa esses valores, especificamente: horizontalidade e democraticidade. Estou também no Livre porque a liberdade só será possível num planeta saudável que valorize a justiça social. Nesse âmbito, só posso considerar preocupante a contínua deterioração económica e social das populações ao longo dos últimos anos. Este ataque à coesão social não é fortuito mas sim o resultado calculado de anos e anos de imperialismo e políticas neoliberais que em têm levado a vários conflitos locais e internacionais que depois alimentam o crescimento de movimentos identitários de cariz ultranacionalista. Objetivamente, os padrões de vida têm melhorado em todo o mundo. No entanto, continuamos a confundir desenvolvimento com crescimento económico e a indexar políticas ao produto interno bruto (PIB), que mais não é do que que uma medida do tamanho da economia e está longe de refletir o bem-estar da sociedade. Consequentemente, as políticas que resultam em crescimento económico são vistas como benéficas para o país mesmo quando levam à destruição ambiental e à fragilização do tecido social. Sim, Portugal é, a nível Europeu, um país pobre e há certamente limites à condução de certas políticas. Como se isso não bastasse, temos ainda em Portugal um problema crónico de falta de transparência e corrupção, omissão de responsabilidade cívica e incapacidade em planear a médio/longo prazo.

Para resolver os problemas que advêm da corrupção e planeamento deficitário que levam ao desperdício dos parcos recursos à disponibilidade do país, há que fomentar uma democracia mais aberta sendo para isso necessária uma reformulação do sistema eleitoral e administrativo que permita a participação directa dos portugueses, descentralize o Estado e retire aos partidos políticos o controlo cerrado das instituições públicas. Este tipo de mudanças só poderão ser realizadas através de uma reforma constitucional, que deverá ser aberta a consulta pública e na qual a sociedade civil terá voz principal. Infelizmente e apesar dos valores preconizados, o Livre pouco tem feito pela transparência e horizontalidade dos processos, algo que proponho fazer de forma diferente!

Ainda assim, estas reformas estruturais apequenam-se perante os dois maiores obstáculo enfrentados hoje pela Humanidade: as alterações climáticas e a sexta extinção em massa. Quaisquer decisões levadas a cabo têm que considerar primeiramente estes desafios e isso passa por começar a contrariar o paradigma defendido pelo status quo de que a solução está no crescimento verde. O crescimento infinito é incompatível com um mundo finito, pelo que urge começar a discutir os nossos próprios limites e a necessidade de decrescimento económico, ou seja, a redução do consumo material e energético. Nesse contexto, em vez de soluções grandiloquentes proponho que estas reformas considerem sobretudo a valorização da economia circular e da autonomia regional, promovendo cooperativas e outras formas de associação local.

Finalmente, citando Sérgio Godinho, “”só há liberdade a sério quando houver a paz””. Oponho-me à NATO e defendo que o partido deve assumir abertamente os valores preconizados pela CRP de desmilitarização e oposição à política de blocos.