Candidata por Lisboa

Naturalidade

Brandoa-Amadora

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Arquitecta

Apresentação Pessoal

Arquitecta, feminista, associada da Mulheres na Arquitectura, da Nada Novo, Morar em Lisboa e cooperadora na Rizoma.
Vivo e trabalho em Lisboa, com raízes na raia beirã – família, território e paisagem que se confundem no conforto dos lugares da infância e daqueles que amamos.
A minha participação cívica foi crescendo desde os tempos da faculdade, atravessados pelo referendo à despenalização do aborto, cujo resultado deu continuidade à imposição sobre o corpo da mulher, comprometendo direitos fundamentais e a sua (nossa) dignidade.
Foi a crise das dívidas soberanas, que vivi na Irlanda logo em 2009, e as consequências brutais em Portugal e na Europa, que me moveram a uma participação política activa e à entrada no LIVRE. Nos anos que se seguiram, perante a política de cortes cegos e austeridade fundamentalista, a esquerda não conseguiu apresentar um projecto alternativo de governação progressista.
Eleitora do LIVRE desde a fundação, identifiquei-me rapidamente com os princípios da esquerda verde europeísta, que defende a Liberdade conquistada com o 25 de abril, propondo que hoje seja o momento de construção do futuro que desejamos. Este é o compromisso que mantenho nas várias funções que desempenhei pelo LIVRE, da co-coordenação do Círculo Temático Esquerda, passando pela coordenação da mesa da Assembleia, a mandatária do círculo da Europa nas eleições legislativas de 2022 até ao actual mandato no Grupo de Contacto e como representante do LIVRE no Conselho Municipal da Habitação de Lisboa.
Nos últimos anos tenho conciliado a participação associativa com a atividade política e um percurso profissional diverso em arquitectura. Co-fundei o atelier Muta, fui comissária do Open House Lisboa 2019, participei em várias edições da Trienal de Arquitectura de Lisboa e da Bienal de Veneza de 2021 com o debate ‘Linhas de Violência’ sobre as actuais formas de segregação habitacional e urbana.
As três frentes públicas de trabalho – associativa, política e profissional – têm-se cruzado na defesa da igualdade e dos direitos das mulheres e pessoas LGBTQIA+, do direito à habitação, à arquitectura, à cidade e ao ordenamento do território, que penso serem inalcançáveis sem uma renovação das práticas democráticas e uma nova visão sobre os recursos naturais e o território.
Para o efeito, fiz parte da lista ‘Arquitectura Perto’ à Ordem dos Arquitectos como candidata a Presidente da Secção de Lisboa e Vale do Tejo e fui co-coordenadora do projeto ecofeminista ‘Mulheres em Construção’, que integrou igualdade de género e economia circular e solidária na formação de mulheres em vulnerabilidade social para a indústria da construção civil.
Sempre procurei encurtar a distância entre os problemas que temos e o futuro que desejamos – mais igualitário, democrático e sustentável. A minha candidatura à representação na Assembleia da República é um passo exigente mas convicto. Acredito que o LIVRE defende os valores certos para enfrentar o momento grave que vivemos no país, na Europa e no planeta, e continuarei a trabalhar para os concretizar.

Redes Sociais

Instagram
Facebook
Twitter/X

Apresentação de candidatura

Apresento-me a estas eleições convicta que posso dar um contributo ativo, pertinente e crítico num momento que todos reconhecemos como decisivo para a nossa democracia.
O LIVRE é o partido da democracia renovada, diversa e participada, das propostas úteis para melhorar as condições de vida da maioria, da reforma dos serviços públicos e dos direitos laborais e do fortalecimento da economia cooperativa e solidária. É este o LIVRE que defendo e para o qual contribuo diariamente.
Vivemos tempos exigentes. De crise em crise, são quebradas as expectativas das diferentes gerações: dos jovens com dificuldades em estudar longe de casa, à população em idade activa com sérios problemas em fazer chegar o salário ao fim do mês, e aos mais velhos com acesso degradado aos cuidados de saúde.
Neste contexto, o nosso país não é uma excepção no que toca ao crescimento da direita autoritária e anti-democrática. As razões que nos levam a eleições legislativas antecipadas são um motivo adicional de insatisfação e descrença na política e seus representantes. Quando celebramos 50 anos de democracia, é a liberdade e o respeito pelos direitos humanos e constitucionais que estamos a defender. O LIVRE deve significar esperança e dignidade contra o ódio e a degradação do debate público.
A crise da habitação acompanha o meu percurso no LIVRE. Participei na preparação do contributo do partido para Lei de Bases da Habitação em 2019 e na redação de diversas propostas dos programas eleitorais, de alteração aos Orçamentos do Estado, outras iniciativas parlamentares, e também das propostas que apresentei no Conselho Municipal da Habitação de Lisboa, no qual sou representante do LIVRE.
Manterei o meu compromisso com o direito à habitação e a uma vida digna no grupo parlamentar do LIVRE na Assembleia da República. À semelhança das propostas do Governo para a saúde e a educação, o pacote mais habitação é insuficiente face à gravidade de um problema cada vez mais abrangente social e territorialmente. Ajudarei o LIVRE a ser exigente, defendendo mais investimento em habitação pública e na criação de novas cooperativas de habitação para garantir casa a quem não tem e mobilizar aforros de pequena e média dimensão para solucionar a procura por casa própria.
A melhoria das condições de vida é indissociável da urgência no combate às alterações climáticas e mitigação dos seus efeitos. Não existe justiça climática sem o combate às desigualdades sociais. Porque não podemos trocar a descarbonização pelo bem-estar da natureza e da biodiversidade, precisamos de integrar a habitação acessível nos instrumentos de transição energética justa através do desenvolvimento das comunidades de energia.
A melhoria dos direitos laborais e a dignificação da economia do cuidado são também áreas prioritárias para oferecer mais igualdade e qualidade de vida. Importa aprofundar a proposta da semana de quatro dias e pressionar para uma correção dos salários correspondente à subida do custo de vida. O reforço do estatuto do cuidador informal é uma questão de dignidade para os cuidadores, a maioria mulheres, e de valorização de um trabalho tão invisível quanto fundamental à vida das pessoas mais frágeis e ao desenvolvimento de todas as outras actividades económicas.
As guerras na Ucrânia e na Palestina agravam a incerteza do quadro económico e as divisões na União Europeia. O horror da guerra e o desrespeito pelo direito internacional e a autodeterminação dos povos é inaceitável. O LIVRE é claro no reconhecimento da Palestina, na exigência de retirada das tropas russas do território ucraniano e pela defesa da democracia e dos direitos humanos onde quer que estes sejam violados.
Só com a contribuição de todos podemos continuar a fazer crescer a esquerda verde europeia em Portugal. Este é um objectivo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável, e que defenderei como representante do LIVRE na Assembleia da República.