Candidato por Lisboa

Naturalidade

Lisboa

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Psicólogo social/Professor

Apresentação Pessoal

Nasci em 1969 Lisboa, onde vivo. Passei a minha infância e juventude entre Carcavelos, Angola, e Inglaterra, e parte da vida adulta na Bélgica, Luxemburgo, Escócia e Alemanha. Licenciado em Sociologia pelo ISCTE (1995) e doutorado em Psicologia pela Universidade Livre de Bruxelas (2004), fui professor no ensino universitário privado e fiz investigação correlacional e experimental na psicologia social do racismo, discriminação, relações intergrupais e dinâmicas grupais, em intervenções cognitivas com realidade virtual, e nas formas essenciais de criação de laços sociais. Neste momento ensino economia no ensino secundário e continuo a fazer investigação em psicologia social.

Aderi ao LIVRE em 2015, e cumpri três mandatos como membro da Assembleia, tendo sido Secretário da Mesa e coordenador do Grupo de Trabalho Estratégia na Assembleia de 2020-2022. Sou membro do Grupo de Contacto, eleito pela Lista B. Procurei sempre contribuir para acentuar e dignificar os processos internos de participação democrática, à luz do que queremos para a sociedade como um todo, o que significa contraditório, escuta e compromissos na procura das melhores soluções.

Sou dirigente da Associação República e Laicidade, onde defendo a separação entre o Estado e a Religião, a Fé e a Razão, os valores pessoais e o conhecimento científico. Se a política é a arte de conciliar o desejável com o possível, a ciência serve também de base e de método para a minha visão da democracia. O trabalho colaborativo, o debate público, e a validação empírica da ciência são métodos essencialmente e radicalmente democráticos. A eles, a política acrescenta a dimensão ética e humana de escolhas de valores.

A psicologia social tem-me mostrado que para cada dinâmica psicossocial destrutiva, há outra positiva e construtiva, que nos dá esperança no futuro da humanidade e do planeta. Se as soubermos incentivar e usar, poderemos construir um futuro partilhado melhor. Estou na política para promover essas dinâmicas e uma visão democrática e racional de participação, com métodos de trabalho colaborativo, na construção de propostas políticas sérias cujas consequências sociais, económicas, e ecológicas sejam profundas, com impactos reais na vida das pessoas e sustentabilidade para o futuro.

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Apresentação de candidatura

Nesta legislatura, o LIVRE tem representado com dignidade os valores democráticos e progressistas, os direitos humanos, e defesa de direitos sociais. Consolidou a sua presença com alguma profissionalização política de quadros, e começa a ter uma presença mediática regular. Ultrapassou erros estratégicos e ideológicos que nos custaram dois anos, e apresenta-se como representante credível da Esquerda Verde em Portugal.

No entanto, urge agora apresentar um projeto e uma equipa para ultrapassar a imagem de partido unipessoal que não é nem queremos que seja o nosso. Urge também que nos apresentamos como partido que, sendo responsável e construtivo, tem um projeto claramente autónomo face a partidos maiores.

Finalmente, precisamos de nos apresentar como um partido que não se foca apenas em medidas pontuais, positivas, mas insuficientes face às urgências sociais e ambientais, mas também que propõe uma visão política radicalmente exigente e ousada, de ecologia política com justiça social e racionalidade científica. Esta visão subjaz já ao nosso projeto político e agrega-nos em torno de valores partilhados. O que nos falta é maior assertividade e clareza em apresentá-la.

Nesse sentido, há três áreas fundamentais mais urgentes nas quais podemos avançar essa visão.
Em primeiro lugar, ter sempre o ambiente e a sustentabilidade como primeiro critério e crivo de todas as políticas: se não ganharmos as lutas urgentes contra a emergência climática, a perda da biodiversidade, e a degradação ambiental em geral não teremos um país e um planeta viável para as próximas gerações.

Em segundo lugar, o problema da habitação apresenta-se como o problema social e económico de maior urgência, e no qual a conciliação da justiça social e luta ambiental se conjugam. Temos o dever e a capacidade de apresentar propostas ousadas nestes campos, incluindo programas sérios e alargados de construção de habitação pública e cooperativa, juntamente com medidas de adaptação climática das novas construções.

Finalmente, podemos e devemos apoiar a implementação de soluções com maior participação democrática a todos estes níveis, porque o planeamento central político e os oligopólios capitalistas têm limites de racionalidade e dificuldades de auto-regulação. Precisamos de mais democracia participativa a todos os níveis.

Nesse sentido, apresento-me com uma candidatura que defende a clareza e transparência também no trabalho parlamentar e político do LIVRE, propondo uma relação estreita de trabalho entre representação parlamentar e os órgãos do partido, tanto na construção de propostas legislativas como, sobretudo, de estratégia política. Para lá do estrelato mediático e da profissionalização política dos quadros, precisamos de maior colaboração entre os órgãos do partido – compostos sobretudo por pessoas que se dedicam à política de forma voluntarista e pós-laboral – e @s seus eleit@s.

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