Candidata por Lisboa

Naturalidade

Líbano

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Assessora e editora

Apresentação Pessoal

Em 1985, um casal de imigrantes libaneses decidiu escolher Portugal como país para viver, de forma a poder dar uma melhor vida e educação aos seus três filhos, longe da guerra civil que tinha assolado a sua terra natal. Sou a filha mais nova deles que aos quatro anos decidiu fugir de casa com o nosso cão, um pastor alemão, mas fui encontrada numa papelaria, deslumbrada pelos livros infantis. Esse foi o primeiro sinal da minha paixão pelos livros que me acompanharia ao longo da vida. Cresci entre Arroios e a Sé de Lisboa, escapava das aulas no Liceu Camões para ver filmes no Monumental, e decidi virar as costas a Ciências e ingressar na Faculdade de Letras de Lisboa.

O meu amor por tudo o que era literatura das margens – fantasia, ficção científica, horror e banda desenhada – levou-me por caminhos inesperados e tornei-me editora na “Saída de Emergência”, um grande desafio que me fez crescer muito. Chegaram os anos da Troika e austeridade e estava longe de feliz. Queria contribuir de alguma forma, mas não sabia como. Até que um dia, um certo historiador e eurodeputado convidou-me para uma série de reuniões que iriam dar origem ao futuro “Manifesto para uma Esquerda LIVRE”. Daí saltou-se à formação do partido LIVRE, o primeiro partido político com o qual me identifiquei em pleno.

Desde as Europeias de 2014, participei em todas as eleições como candidata. Fui cabeça-de-lista por Oeiras nas Autárquicas de 2017. Fui dirigente do Grupo de Contacto por três mandatos consecutivos num período difícil para o LIVRE em que muitos nos perguntavam “porque é que não deixam o partido morrer?” Não só nos recusámos a deixar o partido morrer, como foi possível assistir ao crescimento do LIVRE e à sua entrada (por duas vezes) na Assembleia da República. Hoje não me consigo imaginar sem a minha ligação ao LIVRE e aos meus camaradas. Entrei como assessora do gabinete do LIVRE na Câmara Municipal de Lisboa em 2021, que me permitiu ganhar uma experiência mais sólida do trabalho político realizado a nível autárquico. Além disso, tenho várias responsabilidades partidárias: sou membro da Assembleia do LIVRE, do Grupo de Coordenação Local do Núcleo de Lisboa e do Grupo de Coordenação Local de Oeiras-Cascais.

E se julgam que deixei de lado a minha ligação aos livros, desenganem-se. Regressei como editora em 2023, faço parte de uma cooperativa editorial, especializada em banda desenhada e, desde 2016, escrevo crónicas para o Jornal Económico.

Redes Sociais

Twitter/X

Apresentação de candidatura

Em “Uma História em Duas Cidades”, Charles Dickens escreveu “Foram tempos magníficos, foram tempos tenebrosos […], foi a época das convicções, foi a época da incredulidade, foi a idade da luz, foi a idade das trevas”. Estas palavras descreviam o ambiente de grandes convulsões em torno da Revolução Francesa, mas a verdade é que o terror ao lado da esperança sempre estiveram presentes. E o tempo que vivemos não é diferente.

Candidato-me porque reconheço o tempo de grande urgência climática e social que vivemos, marcado pelo extremar de posições, e acredito que todos temos de tentar fazer a diferença. Estes últimos 2 anos disponibilizei-me por inteiro a tentar compreender como se faz política em Portugal e como exercer uma cidadania ativa. Descobri que a forma de fazer política portuguesa é pouco satisfatória e é possível mudá-la para muito melhor. Também descobri que precisamos de incentivar as pessoas para uma maior participação cívica, se queremos avanços.

Temos todos assistido a este ambiente de crispação política, e de crise de regime, que se aproveita da forma como crescem as desigualdades sociais e escolhe ignorar direitos fundamentais à saúde, à educação, à habitação e à igualdade. Não nos falta a visão de como deve ser a nossa sociedade do futuro, mas falta-nos crescer para que seja possível concretizar essa visão. E quero ajudar o partido a alcançar esse crescimento.

Porque o LIVRE é o partido que não hesita na defesa dos direitos humanos e assume sempre uma posição claríssima nestas questões. Seja na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ou entre Israel e Palestina, ou a situação da minoria Uigur na China, o LIVRE sabe mostrar-se à altura dos acontecimentos políticos e condena práticas atentatórias aos direitos humanos.

E porque o LIVRE é o partido que pode ajudar a formar um novo paradigma da cultura em Portugal. Não falamos só de literatura, música ou teatro, também faz falta uma visão da cultura que é transversal a todas as áreas da sociedade e defendo que a cultura, por exemplo, pode ser também parte da solução para resolver a crise de saúde mental que atravessamos.

Deixei para último as questões ambientais não porque as considere menos importantes. São o maior desafio que enfrentamos e devem ser uma das nossas prioridades. As alterações climáticas já chegaram e há medo, mas podemos ser parte da mudança. Para que “o inverno de desespero” possa ceder a “uma primavera de esperança”. E isso pode ser feito através da Assembleia da República.

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