Candidato por Santarém

Naturalidade

Abrantes

Local de Residência

Abrantes

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Biólogo

Apresentação Pessoal

Olá! Com 28 anos, biólogo de profissão e natural de Abrantes com raízes na Beira Baixa, apresento a minha candidatura às primárias do LIVRE para as eleições legislativas de 2024 pelo distrito de Santarém.
Tornei-me membro do LIVRE em 2020 pois via o crescimento não só das várias desigualdades sociais e ambientais mas também da direita/extrema-direita que ameaça as nossas liberdades e garantias.
Tenho interesse nas áreas da Ecologia, Direitos LGBTQIA+, mobilidade social, e da maneira como estes e outros temas se relacionam perante uma visão interseccional, tendo como fundo o atual sistema capitalista existente e como este cria e aprofunda as atuais crises que vivemos.

Apresentação de Candidatura

Problemas sistemáticos requerem soluções sistemáticas.

É com uma visão ecossocialista que me apresento a estas primárias, convicto que a ecologia política tem que estar à frente na discussão dos problemas que Portugal e o restante planeta enfrentam nos dias atuais. Desde a crise climática e de biodiversidade até às profundas desigualdades sociais e económicas que se agravam cada vez mais, é na Ecologia que encontro as soluções que precisamos.

O paradigma atual de crescimento infinito e extractivista pressupõe que os recursos também são infinitos. É este paradigma, defendido por correntes liberais/neoliberais e conservadoras, que cria as sucessivas crises ecológicas e sociais, como se pode ver através do crescente número de fenómenos naturais extremos, como incêndios, tempestades e cheias, e ainda no aumento dos níveis de pobreza e desigualdade na população mundial. Em Portugal, a crise climática manifesta-se na forma de seca agravada e incêndios destruidores e mortais, com o aumento do nível do mar a ameaçar as costas marítimas, e com a crescente perda de populações de espécies nativas e aumento de populações de espécies invasoras e exóticas. A nível social, uma crise de habitação acoplada a baixos salários e precariedade laboral assola milhares de famílias que não conseguem pagar as contas ao final do mês para sobreviver.

As soluções para estes problemas terão que seguir, então, a seguinte máxima: “Não há justiça ambiental sem justiça social”. Não se pode resolver os problemas ecológicos à custa das populações mais pobres, da mesma maneira que não se pode enfrentar os problemas sociais e económicos à custa do meio ambiente.

Apresento assim esta visão ecológica e de esquerda, de liberdade coletiva e emancipadora, que é essencial para responder aos desafios existentes nos dias de hoje. É preciso recuperar o tempo para viver com a redução do número de horas no trabalho, é preciso aumentar salários, é preciso investir na Escola Pública e no SNS, é preciso investir nos transportes públicos e na transição energética, é preciso aprofundar a democracia. Ao mesmo tempo, não podemos deixar que o lucro e a mão invisível do mercado destrua os nossos ecossistemas para benefício dos mais ricos e em detrimento das populações locais.
Em suma, é através de uma análise verdadeiramente ecológica, que une os problemas ambientais e sociais, que podemos atuar para enfrentar as crises que enfrentamos.

Haja, então, coragem política para as resolver.