Candidato por Setúbal

Naturalidade

Moita

Local de Residência

Barreiro

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Biólogo investigador

Apresentação Pessoal

Ah, finalmente chegaste à minha candidatura! Aqui deparas-te com um biólogo destemido de 33 anos, cuja vida tem sido uma emocionante navegação entre as duas margens do Tejo. Cresci na margem sul rodeado por cães, gatos, e pessoas que diziam que eu era especial. Infelizmente a margem sul não tinha instituições adequadas à minha especialidade, por isso fui para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa fazer a minha formação académica em biologia. No meu doutoramento investiguei a ecologia comportamental dos musaranhos. Mas como isso não dava dinheiro, tive que me dedicar a outras coisas mais sérias como avaliações de impacto ambiental e projetos de conservação da natureza. Hoje estou inserido num projeto Europeu, onde estudo a participação pública na energia eólica, porque a vida dá voltas interessantes e achou que eu fazia melhor figura a entrevistar pessoas do que a ir para o campo estudar animais.

Em 2020 juntei-me ao LIVRE porque achei que este era o partido que podia mudar o futuro do país para melhor. Fui uma correspondência natural no Círculo Temático de Ecologia, tendo-me tornado relator do mesmo no ano seguinte. Em 2022, fui eleito para a Assembleia e para o Grupo de Coordenação Local do Núcleo de Setúbal, onde atualmente exerço funções com a dedicação que o tempo me permite.

Aparentemente sou conhecido como ‘o gajo que escreve coisas fixes no Ponto LIVRE’. Espero que possa ser, no futuro, o gajo que faz coisas fixes pelo LIVRE e por Portugal. E por isso cá estou novamente a candidatar-me às primárias do LIVRE por Setúbal, onde a festa da democracia e o entusiasmo do debate político se juntam para mostrar que eu sou um excelente candidato em quem podes votar 😎

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Apresentação de candidatura

Candidato-me a estas primárias para trazer a justiça social e a justiça climática para o debate partidário. Os impactos derivados das alterações climáticas trazem graves consequências para os ecossistemas e a biodiversidade. Os ecossistemas fornecem-nos serviços como a água que bebemos, a comida que comemos, o oxigénio que respiramos, e os materiais que usamos. Quando uma comunidade deixa de ter acesso às condições mais básicas para a sua sobrevivência, não são os ricos que caem primeiro. Quando o Algarve deixar de ter água nas barragens para alimentar os campos de golfe, o que vai acontecer às populações? Quando as pragas destruírem as nossas culturas porque continuamos a negligenciar o balanço dos ecossistemas, o que vai sustentar os agricultores? Quando o calor excessivo fizer aumentar o preço dos alimentos, porque insistimos em alimentar o uso do automóvel particular, o que vai ser dos que mal têm dinheiro para comer ou pagar a renda da casa?

Os 1% mais ricos do planeta emitem mais dióxido de carbono do que os 66% mais pobres e serão responsáveis por mais de um milhão de mortes por excesso de calor nas próximas décadas. Em Portugal, continuamos a ter uma elite que aposta no crescimento económico a todo o custo. Continuamos a colocar automóveis em todas as ruas das nossas cidades; continuamos a colocar plástico em tudo o que se mexe; continuamos com uma taxa miserável de reciclagem de resíduos de apenas 21%. Todos os anos vemos os incêndios que assolam o interior do nosso país, mas as soluções não passam do debate. Uma floresta não conta para o PIB, portanto quem é que quer saber de restaurar essas coisas?

É fundamental mudarmos de paradigma. O país precisa de apostar na sustentabilidade e no futuro das suas gerações. Querem reduzir a sobrecarga nos nossos serviços de saúde? É investir num melhor planeamento urbano, com mais e melhores redes de transportes públicos, e mais zonas naturais para melhorar a qualidade do ar nas nossas cidades. Querem aumentar a nossa autonomia material? É investir na economia circular e na reciclagem dos nossos resíduos. Querem reduzir o preço das habitações? É aumentar as taxas de carbono e as taxas sobre o património imobiliário secundário para se investir em habitação pública.

Candidato-me para representar essa visão transformadora e ecossocialista e trabalhar incansavelmente na construção de um país mais sustentável e justo para as gerações presentes e futuras ✊