Portugueses e europeus, donos do nosso futuro

Manifesto eleitoral para votantes nas primárias abertas do LIVRE – Europeias 2014

Cidadãos, portugueses e europeus, somos donos do nosso futuro. Recusamos a ideia, consolidada nos últimos anos, de que a política é propriedade dos políticos, Portugal propriedade dos credores, e a Europa propriedade dos países grandes.

Nós podemos mudar isto. Somos cidadãos e eleitores, com e sem partido, empenhados na democratização da política em Portugal e na União Europeia. Através deste manifesto, vimos reconhecer o contributo positivo que o recém criado LIVRE — partido da Liberdade, da Esquerda, da Europa e da Ecologia — já vem dando para a democracia portuguesa e para o debate nela em torno das questões europeias. Valorizamos o papel do LIVRE na política portuguesa e comungamos dos seus valores, princípios e ideais. É nossa vontade participar, com o LIVRE, no esforço de transformação progressista de Portugal e da União Europeia.

A política pode ser diferente. A realização de eleições primárias abertas permite — pela primeira vez nos quarenta anos da democracia portuguesa — que os cidadãos comuns acedam à representação política, quebrando o monopólio dos aparelhos partidários. Permite, sobretudo, dar uma voz e um voto aos cidadãos que partilham um espaço político plural. Somos exemplo disso: mesmo não sendo membros do LIVRE, votaremos nas eleições primárias abertas por este partido à cidadania.

Portugal pode ser diferente. O nosso país não precisa de ser sempre governado à direita ou ao centro. Acreditamos que está na hora da esquerda portuguesa convergir para uma governação que cumpra a Constituição da República, realizando o sonho de um país justo e solidário, democrático e desenvolvido. Acreditamos, aliás, que essa hora já vem tarde: o país já pagou durante demasiado tempo o preço da divisão da esquerda.

A União Europeia pode ser diferente. A União que queremos não é um simples clube de democracias: é uma Democracia Europeia. A União que queremos não é um simples mercado interno: é em primeiro lugar uma União de Direitos Fundamentais. A União que queremos não se resigna ao desmantelamento do estado social: tem por responsabilidade atingir o alto nível de desenvolvimento social, ambiental e económico por que os seus cidadãos anseiam. A União que queremos não é uma relação entre credores e devedores: enfrenta as crises de uma forma solidária e dota-se dos instrumentos necessários para completar a sua moeda comum. A União que queremos não está fechada ao mundo: é inclusiva e humanitária, e está na linha da frente da construção do direito internacional como da luta contra as alterações climáticas.

Somos, em suma, por uma esquerda mais livre, um Portugal mais igual e uma Europa mais fraterna.

Disseram-nos que estamos sob tutela porque vivemos acima das nossas possibilidades. Achamos o contrário. Está nas nossas possibilidades deixar de viver sob tutela. Está nas nossas possibilidades que a democracia seja mais do que nos oferecem. Portugal e a Europa podem ser mais do que aquilo que nos vai acontecendo. É altura de sermos nós a fazer acontecer.

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