O escalar de violência em Jerusalém é intolerável. O LIVRE subscreve os apelos das Nações Unidas e da União Europeia ao cessar-fogo. O LIVRE reitera ainda a sua solidariedade com o povo palestiniano, apelando ao reconhecimento do estado da Palestina pela República Portuguesa.
O conflito em Jerusalém conheceu nos recentes dias um escalar de violência intolerável. Na origem desta escalada está o bairro de Sheikh Jarrah, localizado em Jerusalém Oriental. Uma disputa judicial, entre um grupo de colonos israelitas e refugiados residentes palestinianos, originou uma onda de protestos e confrontos entre manifestantes e a polícia israelita, que se estendeu às zonas sagradas da cidade, resultando em centenas de vítimas.
Neste aumento de tensões, o Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza, lançou uma ofensiva contra Israel, disparando centenas de rockets contra alvos civis israelitas, dando seguimento a uma perigosa política de retaliação entre ambas as partes com o potencial de iniciar uma nova intifada.
O LIVRE condena a violência armada, apelando ao cessar-fogo, subscrevendo as posições da União Europeia e das Nações Unidas. O LIVRE reitera ainda as suas posições relativamente a Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, ocupadas pelo Estado de Israel de forma ilegal à luz do Direito Internacional, desde 1967.
O LIVRE condena as políticas de despejos e ocupação israelitas que resultam numa clara violação dos direitos humanos das populações, e reforça a sua posição clara de solidariedade para com o povo palestiniano.
Por isso, são lamentáveis as declarações de hoje do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que condenam a violência contra civis israelitas sem referência às vítimas palestinianas. Mais do que nunca, é fundamental que o governo português reconheça um Estado palestiniano autónomo e independente, e que salvaguarde os direitos do povo palestiniano.