O LIVRE reitera o seu apoio aos manifestantes pela Paz e pela Libertação da Palestina e repudia a atuação da Assembleia Municipal, na figura do seu presidente da mesa, pela atitude de censura na reunião de dia 18 de novembro, incluindo o recurso indevido à Polícia Municipal e solicita esclarecimentos urgentes sobre o posicionamento deste órgão municipal perante todas as agressões mencionadas e documentadas.
Na sessão da Assembleia Municipal do Porto do passado dia 18 de novembro, o seu presidente da mesa, Sebastião Feyo de Azevedo, censurou uma cidadã enquanto esta usava da palavra durante o período de intervenções destinado aos cidadãos.
A Assembleia Municipal deve ser um espaço seguro e aberto para qualquer pessoa se manifestar e apresentar posições sobre políticas e ações do executivo camarário e da própria assembleia, bem como propor intervenções ou solicitar atenção para determinado problema que afete o seu quotidiano e bem-estar. O conteúdo destas intervenções não pode estar dependente da aprovação política da presidência da mesa .
A intervenção censurada dava conta dos acontecimentos da noite de 16 de novembro que puseram em causa a segurança dos participantes de uma vigília pacífica que decorre diariamente em frente à Câmara Municipal do Porto, pela Paz e pela Libertação da Palestina.
Nessa noite, quatro homens — segundo os próprios, soldados do exército israelita de férias na cidade —, ameaçaram verbal e fisicamente as pessoas que se concentravam em frente à Câmara Municipal do Porto.
O LIVRE condena todos os atos de violência, ameaças e insultos, e apela às autoridades que cumpram com o seu dever de manter as condições de segurança dos e das manifestantes. Apela em particular à Câmara Municipal do Porto para que disponibilize os serviços da Polícia Municipal para garantir a segurança desta vigília, ao invés de mobilizar estes agentes para impedir a legítima expressão cidadã.