O diagnóstico há muito que está feito: se insistirmos no modelo económico actualmente prevalecente, baseado numa intensa exploração dos bens naturais que são de todos mas que só servem a alguns, esses bens naturais estarão, a breve trecho, esgotados. Hoje, 22 de agosto, assinala-se o Dia da Sobrecarga do Planeta, o dia em que a humanidade utilizou todos os bens naturais que a Terra poderia renovar este ano.
Se este dia tem lugar três semanas mais tarde do que em 2019, isso não acontece devido às necessárias e urgentes mudanças estruturais que é necessário fazer no estilo vida e nos padrões de consumo de parte da humanidade, mas sim à ocorrência da pandemia, que levou a uma redução da pegada ecológica global em cerca de 10%.
Para que, no futuro, seja desnecessário assinalar o Dia da Sobrecarga do Planeta, é preciso repensar o nosso modo de vida: as cadeias globais de consumo alimentar, o desperdício e a exploração animal e humana a elas associado; as roupas que vestimos, as condições de trabalho indignas de quem as faz e a poluição resultante da indústria da moda; a produção de bens de luxo que implicam a destruição de habitats e a perda de biodiversidade, entre outros.
O LIVRE defende que só vivendo dentro dos limites do planeta, preservando os bens naturais comuns, será possível um futuro social e ambientalmente mais justo para a humanidade.
Para saber mais: https://www.overshootday.org
