Com a eleição de Joe Biden, é urgente que os EUA regressem ao Acordo de Paris e à Organização Mundial de Saúde. É também a oportunidade das forças progressistas estado-unidenses lutarem por um país com maior justiça social e ecológica e poruma cooperação internacional baseada verdadeiramente nos Direitos Humanos.
Joe Biden foi eleito o 46º Presidente dos Estados Unidos da América e Kamala Harris a sua vice-presidente. Apesar de não serem ainda conhecidos os resultados finais destas eleições, Joe Biden já atingiu os 270 votos eleitorais necessários para ser eleito Presidente dos EUA.
A vitória de Joe Biden nestas eleições é a vitória da decência. A vitória de Biden, de Harris e do Partido Democrata é expressiva tanto no colégio eleitoral como no voto popular, e representa um sinal claro da vontade do povo estado-unidense. A vontade de romper com a linha populista, extremista, e fascizante de Donald Trump ficou bem patente no resultado destas eleições.
Este é também um resultado histórico. A eleição de Kamala Harris para a vice-presidência dos EUA representa a primeira vez na história que uma mulher ocupará este cargo.
O trabalho não acaba, no entanto, com a derrota de Trump. Urge agora que a administração Biden cumpra a vontade popular. É urgente que os EUA assumam uma postura de cooperação internacional em matérias vitais para todo o mundo. É fundamental que Biden cumpra a promessa eleitoral de fazer com que os EUA regressem ao Acordo de Paris assim que assumir funções, e que a sua administração coloque os Estados Unidos na direção certa para um combate eficaz à crise ecológica global.
É fundamental que os EUA assumam um papel construtivo no palco internacional no que toca ao combate à pandemia, nomeadamente revertendo a decisão de abandonar a Organização Mundial de Saúde. É ainda fundamental que os EUA rompam definitivamente com o nacional-populismo e que assumam e defendam a Democracia e os Direitos Humanos. O mundo inteiro beneficia ao contar com uns Estados Unidos da América mais decentes, mais Democráticos e mais Humanos.
Se é verdade que o trabalho não acaba com a derrota de Trump, também é verdade que não acaba na agenda proposta pela administração Biden. As forças progressistas dos Estados Unidos não podem baixar a guarda e têm de continuar a lutar pela coesão social e contra o extremismo, pela Justiça Social e pela Justiça Ecológica, contra a desigualdade de rendimentos e de riqueza que beneficia os mais ricos, pelo acesso universal a serviços de saúde públicos e por uns EUA livres de preconceito e discriminação.
Para os Estados Unidos da América, a derrota de Trump é o acordar de um pesadelo que durou 4 anos, mas esse pesadelo do populismo, da ignorância e da intolerância continua noutras partes do mundo e ameaça inclusive Portugal.
Não podemos baixar a guarda mas hoje é também importante celebrar a vitória da decência básica. Bye Don!