Sobre a demissão do Ministro Pedro Nuno Santos

Sobre a demissão do Ministro Pedro Nuno Santos

A governação de António Costa que soma já 10 demissões de governantes em 8 meses em funções, está cada vez mais longe da estabilidade política prometida pela maioria absoluta. As recorrentes situações de descoordenação no governo e entre os seus membros revelam que o foco político do primeiro-ministro parece não estar no país. O caso que leva à demissão do Ministro das Infraestruturas é grave e teriam sempre de existir consequências políticas, como a co-porta-voz do LIVRE, Teresa Mota, já tinha referido em declarações aos jornalistas.

Aliás, desde a campanha eleitoral que o LIVRE alertou para os perigos da maioria absoluta e de uma governação isolada e autocentrada que não tenha em conta as necessidades das pessoas e das famílias, o momento que o país atravessa é demasiado delicado para repetir velhos hábitos das maiorias absolutas.

Para tentar evitar estas situações, o LIVRE já propôs em sede de revisão constitucional que os governantes passem a estar obrigatoriamente sujeitos a audição prévia na Assembleia de República, à semelhança no que na União Europeia acontece com os Comissários Europeus.

O LIVRE espera que este novo ano que se aproxima signifique efetivamente vida nova para o governo e para a maioria absoluta do PS, com uma clara responsabilidade social que o momento em que atravessamos exige e com uma postura diferente que reveja prioridades e recupere o diálogo com o país e com as restantes forças políticas.

Nas matérias tuteladas por Pedro Nuno Santos o LIVRE espera que o novo Ministro ou Ministra mantenha o investimento na ferrovia como uma prioridade, incluindo as medidas do LIVRE aprovadas como o Passe Ferroviário Nacional bem como na habitação pública através do aumento do parque habitacional público.

O LIVRE considera que este não é o momento para taticismos partidários, a crise que vivemos exige também da oposição uma postura de Estado e não a procura de pequenos ganhos eleitorais num momento em que as famílias lutam contra a inflação, as taxas Euribor e a crise da habitação.