Candidato a:
Câmara Municipal de Ponta Delgada
Assembleia Municipal de Ponta Delgada

José Manuel Azevedo


Professor universitário
Nacionalidade: Portuguesa | Naturalidade: Moçambique | Residência: São Pedro, Ponta Delgada

Nasci em Moçambique por causa da guerra colonial, vivo nos Açores (Ponta Delgada) por escolha. Biólogo, investigo e ensino na área da Biologia Marinha e da Conservação da Biodiversidade. Casado, 54 anos, um casal de filhos de 19 e 16 anos. Religioso na adolescência, ateu desde que comecei a pensar pela minha cabeça.

Sou de esquerda, inicialmente por razões sociológicas, mais recentemente por convicção. Ambientalista. Leitor compulsivo de não ficção e de poesia, esta menos do que gostaria. Jazz, sempre, e fado. Se pudesse mergulhava todos os dias, sempre que posso nado no Pesqueiro.

Pouco ativo politicamente até 2014, mas crescentemente inquieto pelo rumo do mundo. Desloquei-me ao Porto de propósito para participar no Congresso Fundador do LIVRE, sendo membro do partido desde essa altura.

Áreas de interesse: Ecologia e Ambiente, Educação, Moedas complementares

Apresentação da Candidatura

A militância no LIVRE obrigou-me a consolidar as minhas convicções políticas. Consciente do muito que não sei, sei já algumas coisas, o suficiente para ter muito medo do futuro. Vejo que se tudo continuar como até aqui caminhamos para a catástrofe ecológica planetária: as alterações climáticas e a destruição da biodiversidade já ultrapassaram todos os limites de sustentabilidade. Do ângulo científico, do “como?”, as minhas leituras levaram-me ao “porquê?”. A minha resposta não é bonita, mas posso dá-la numa palavra: ganância. Ou, na sua materialização atual, capitalismo. Começo a perceber como o sistema de governo mundial é dominado por uma elite financeira que dita o jogo macro dentro do qual somos peões. Por mais voltas que dê, só me ocorre uma solução para travar este problema: democracia. Do bairro ao planeta, as decisões têm que ser sustentadas em princípios universais e na livre expressão daqueles a que dizem respeito.

Daí me atraírem os princípios e os métodos do LIVRE. Não poderia estar num partido que não preconizasse a igualdade quer de oportunidades quer de distribuição de recursos, a solidariedade como forma de corrigir as injustiças sociais e o socialismo institucionalizando o Estado como garante da aplicação destes princípios. Assim como não poderia estar num partido em que não se praticasse o mais elementar princípio da democracia: o respeito pela pluralidade de vozes, a busca de consensos informados. Apoio com a minha candidatura a participação do LIVRE no terreno da discussão partidária porque entendo que o que temos para dizer é importante. Temos muitos pontos de convergência com outras forças políticas- aproveitemo-los para contribuir para o avanço das causas progressistas nas quais estamos empenhados. Mas no espectro partidário somos os únicos a levar os princípios democráticos às últimas consequências, e daqui tiramos não só uma prática que é urgente ser demonstrada como propostas que mais ninguém advoga. É essa a nossa responsabilidade.