Concentração Mexeu com uma, Mexeu com TODAS. Não à cultura da Violação! – todo o país – 25 maio

Concentração Mexeu com uma, Mexeu com TODAS. Não à cultura da Violação! – todo o país – 25 maio

O LIVRE junta-se e apela à participação na concentração Mexeu com uma, Mexeu com TODAS. Não à cultura da Violação! na próxima quinta-feira um pouco por todo o país.

Lisboa: Praça Luís de Camões 18h-22h www.facebook.com/events/1317753578342672

Porto: Praça dos Leões 18h-20h www.facebook.com/events/1369724763082841/

Braga: Avenida Central 18h30-20h30 www.facebook.com/events/1360704530681446

Coimbra: Largo Dom Dinis 21h-23h www.facebook.com/events/130725790816089

 

A concentração é organizada por um grande conjunto de associações e movimentos, com base no manifesto:

O que é a cultura da violação?

A cultura da violação é aquela que encara as mulheres como objetos sexuais e de consumo masculino. É o entendimento de que as mulheres não são seres autodeterminados e donas da sua sexualidade.

A cultura da violação é aquela que afirma, confortavelmente, que os homens são incapazes de controlar os seus impulsos sexuais, desculpando, por isso, os comportamentos agressivos, procurando naturalizá-los.

Uma sociedade que aceita e assimila esta cultura é uma sociedade que relativiza os crimes contra a autodeterminação sexual: os homens não se conseguem controlar e as mulheres devem estar ao serviço dos impulsos masculinos. Esta cultura, ao invés de defender e proteger as vítimas, culpabiliza-as, trazendo para a discussão a forma como as mulheres se vestem, os locais que frequentam, as horas a que o abuso ocorre e o estado de lucidez da vítima e/ou do agressor como argumentos aceitáveis para o desagravo de um comportamento que é crime. Esta cultura tolhe a liberdade das mulheres, porque faz recair sobre elas a responsabilidade de não serem agredidas.

No país dos brandos costumes, as mulheres continuam a ser cidadãs de segunda. É contra isto que nos levantamos. Contra uma cultura que desculpabiliza a violência de género, que ignora os direitos humanos e que transforma as vítimas em culpadas.

Respeitamos todas as vítimas. Não temos a ousadia de dizer o que faríamos se estivéssemos no lugar delas, porque não estamos. A forma como cada mulher decide reagir perante o crime de que foi vítima é decisão sua e tem o nosso respeito e solidariedade.

Na próxima quinta-feira saímos à rua para denunciar e combater esta cultura. Saímos à rua para dizermos que não há nós e elas, aquilo que existe são mulheres que todos os dias enfrentam uma sociedade prenhe de violência machista. Elas somos nós. Mexeu com uma, mexeu com todas.”

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