O LIVRE Porto revela-se perplexo com a notícia, trazida hoje a público pelo jornal semanário Expresso, que revela que um conhecido grupo de extrema-direita, investigado por discurso de ódio, alugou o auditório Francisco de Assis, propriedade do Colégio Luso-Francês, no Porto, para a realização de um congresso no próximo sábado, tendo a mesma instituição se demarcado do evento.
Segundo o Expresso, o coordenador do espaço alega que não irá cancelar o evento político de extrema-direita “devido ao contrato assinado com o cliente”, lembrando que tem “obrigações a cumprir”. A perplexidade prende-se com o facto deste mesmo coordenador não ter aceitado, em junho do presente ano, aceder a um pedido de orçamento do partido LIVRE com vista à realização de um evento no mesmo espaço, tendo à época alegado que “as regras do auditório não permitem acolher eventos políticos”.
Esta dualidade de critérios, que em tão pouco tempo recusa acolher um evento de um partido democrata e humanista como o LIVRE e, porém, aceita acolher um evento político de extrema-direita, é incompreensível. Não pode o partido deixar de denunciar a presente complacência e o, implícito, compactuar com quem quer trazer a agenda de extrema-direita à nossa cidade, agenda que seria totalmente incompatível com a mensagem humanista do novo testamento, bem como com a filosofia, vida e obra de Francisco de Assis.
Solidarizamo-nos com estudantes, encarregados de educação, corpo docente e funcionários do Colégio, que acreditamos que estão igualmente perplexos com esta decisão e que não pretendem compactuar com a realização deste evento.
