Candidato à Assembleia de Freguesia de Carnaxide e Queijas

Naturalidade

Vermoim, Vila Nova de Famalicão

Local de Residência

Carnaxide, Oeiras

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Professor

Apresentação Pessoal

Chamo-me José Joaquim Azevedo de Araújo. Nasci a 25 de outubro de 1959, na freguesia de Vermoim, Concelho de Vila Nova de Famalicão. Sou filho de operários têxteis, emigrantes em França, neto e bisneto de emigrantes no Brasil. Vivi, estudei e exerci ofícios precários em França até 1983, ano em que decidi regressar a Portugal. Continuei os meus estudos, primeiro no Instituto Francês do Porto, passando a maior parte do tempo livre na livraria Utopia e no Auditório Carlos Alberto, depois na Universidade do Minho, onde me licenciei em Ensino de Português e Francês. Pelos anos fora, fui enriquecendo a minha formação em outras áreas, nomeadamente em Literaturas Românicas Medievais Portuguesa e Francesa, na FCSH da Universidade Nova de Lisboa e em Estudos de Teatro, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Comecei a lecionar, primeiro como professor provisório, depois como estagiário, em 1985, em escolas de Vila Nova de Famalicão e Braga. Em 1991, fui colocado em Borba, já como professor efetivo, onde vivi durante três anos. Em 1994, fui colocado na Escola Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa e em 1999 na Escola Secundária de Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, onde vivo e trabalho há 22 anos.

Sou casado com uma professora desde 1993 e pai, desde 1994, de uma “menina”. Ocupo a maior parte do meu tempo livre com leituras e música. Gosto de fazer longas caminhadas preferencialmente em solitário ou acompanhado do meu cãomarada, Strong, um canídeo rafeiro e maltratado que adotamos e que, agora, é membro da família constituída por mais duas espécies diferentes.

Para além das minhas obrigações profissionais, sou também delegado e dirigente sindical do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Filarmónica Fraternidade de Carnaxide, coletividade fundada em 1866 no reinado de D. Luís I. e uma das mais antigas do País.

De caráter rebelde e pouco dado ao respeito pelas hierarquias, só em 2017 me filiei num partido político – o LIVRE. Sou membro da Assembleia desde essa data. Fui cocoordenador do Círculo Temático Esquerda e Estado Social e dedico-me, sobretudo, às áreas da Educação e do Trabalho. Interesso-me, ainda, pelos temas da Cultura, das Assembleias Cidadãs, do Rendimento Básico Incondicional e dos Comuns.

A nível local, sou membro do Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial de Oeiras e Cascais e fui candidato, em 2017, à Assembleia da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas.

Redes Sociais

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Apresentação de candidatura

Sou cidadão de Carnaxide há 22 anos. Aqui vivo e trabalho no autodenominado “Bairro dos artistas” (devido à toponímia) e que tem a Escola Secundária de Camilo Castelo Branco como centro. Em 2017, respondendo ao apelo das primárias organizadas pelo LIVRE, decidi candidatar-me à Assembleia da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, onde o L conseguiu o honroso resultado de 1,06% (186 votos), resultado superior ao conquistado para a Câmara Municipal (0,68%,119 votos) e Assembleia Municipal (0,85% ,148 votos), numa campanha extremamente difícil contra um colosso autárquico e com escassos recursos.

Em 2021, o colosso vai procurar manter o poder que, direta ou indiretamente, mantém há 36 anos em Oeiras. Ao longo de todos estes anos, o concelho sofreu uma grande transformação financiada pelo sector do imobiliário. Hoje, 70% do território já está urbanizado e a tendência do poder autárquico é a de continuar a aumentar a betonização do concelho.

Neste contexto, Carnaxide (e Queijas numa escala diferente) transformou-se num dormitório e descaracterizou-se. O espírito e a identidade da comunidade são, hoje, apenas memória de um tempo passado e que ainda sobrevive, com muitas dificuldades, nas coletividades culturais, desportivas e recreativas.

O desamparo do pequeno comércio e o quase abandono do mercado municipal, em resultado da forte concorrência das grandes superfícies, têm igualmente contribuído para a erosão da comunidade.

Problema maior para os residentes, mas também para quem vem trabalhar em Carnaxide, é o estacionamento e o congestionamento do trânsito, sobretudo no acesso de e para Lisboa, problema agravado pela pressão imobiliária e que vem transformando Carnaxide num nó górdio rodoviário.

A defesa do que resta da Serra de Carnaxide, único corredor ecológico entre a Serra de Sinta e o Parque Florestal de Monsanto, é, neste contexto, mais do que um ato simbólico, é um ato de resistência contra um modelo de desenvolvimento anacrónico. Preservar a Serra de Carnaxide dos apetites imobiliários é lutar pela defesa do ambiente, mas também pela saúde de todos os cidadãos e cidadãs que, no período de pandemia, (re)descobriram a importância daquele espaço para a sua saúde e bem-estar.

É com o conhecimento destes problemas que afetam os cidadãos e cidadãs de Carnaxide e Queijas e com a convicção de que é urgente envolver todos e todas na busca de soluções, nomeadamente através de assembleias cidadãs, que venho apresentar a minha candidatura às primárias do LIVRE para as eleições autárquicas de 2021.

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