Candidata à Assembleia Municipal de Lisboa

Naturalidade

Brasil

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Brasileira

Profissão

Produtora Cultural

Apresentação Pessoal

Sou brasileira, nasci em Divinópolis/Minas Gerais. Vivo em Portugal há 13 anos. Estou no LIVRE desde a sua criação. Estive lado a lado com os portugueses na recolha de assinaturas, onde me era sempre lembrada a minha nacionalidade pela curiosidade dos signatários em uma brasileira participar da construção de um partido político em Portugal. Fiz parte da Assembleia do LIVRE entre 2014 e 2019, e também fui membro do Conselho do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR, em 2015, sendo eleita em ambos uninalmente. Atualmente  sou membro do Conselho de Jurisdição do partido. Ao abrigo do Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres ou Direitos Políticos, previstos no capítulo 2 do título II do Acordo de Porto Seguro, candidatei-me nas eleições legislativas nos Açores, pelo círculo de São Miguel – uma candidatura simbólica, como suplente, que os açoreanos gentilmente me convidaram para compensar a frustração de não ter conseguido me candidatar e principalmente votar nas legislativas de 2015. Depois candidatei-me nas últimas eleições autárquicas e, em 2019, fui candidata à Assembleia da República, candidatura que muito me honrou. Sou defensora acérrima dos direitos humanos e entusiasta do projeto europeu, dedicando-me a compreender a sua complexidade.

Redes Sociais

 

Apresentação de candidatura

Caros concidadãos e caras concidadãs, quem vos fala é uma cidadã brasileira que se sente muito honrada por esta oportunidade de se dirigir a vocês.

Contrariando ao que grupos nacionalistas pretendem com um discurso populista, anti-imigração, suportado pelo medo e apoiado pela desinformação, apresento a minha candidatura à Assembleia Municipal de Lisboa e o faço com esperança. Lisboa é uma cidade multicultural, singular nas suas raízes mas que acolhe aos que nela decidem pousar. E essa multiculturalidade faz com que Lisboa seja uma das cidades mais cosmopolitas do mundo e também mais fascinantes. Nela é possível atravessar a rua e ouvir línguas de várias partes do globo, estar em contacto com várias etnias e gerações. Lisboa é uma cidade plural. Mas no que toca à sua intervenção política essa pluralidade não é representada, visto que somente os cidadãos nacionais cabem nas cadeiras da Assembleia Municipal. Mas estas eleições poderiam ser diferentes, pois as eleições autárquicas são as eleições mais inclusivas do país. Então esta é a minha esperança. Candidato-me com a esperança de que o cenário político local mude para abrigar o retrato verdadeiro desta cidade: a diversidade que nela existe e até agora, politicamente, tem sido tão bem camuflada. Candidato-me na esperança de ver pessoas invisíveis se tornarem visíveis não apenas para estatísticas mas no dia-a-dia que lhes toca. Candidato-me não na representação de uma nacionalidade, pois esta candidatura não representa os meus e as minhas compatriotas, representa, nada mais nada menos, a vontade de uma cidadã, como qualquer outra, de estender os braços, arregaçar as mangas e trabalhar em prol do bem comum, principalmente num momento em que o mundo precisará de todos e todas que acreditamos na liberdade. A partir de Lisboa, os lisboetas — e residentes — podem enviar um claro sinal de que a democracia está em ascensão, pois espero que nestas autárquicas mais pessoas oriundas de outros países queiram e possam participar porque desta forma estaremos dando mais um passo rumo à democracia plena que inclui os indivíduos numa comunidade política que seja cosmopolita, inclusiva e multicultural — estaremos dando mais um passo rumo à democracia do futuro.