Candidata à Assembleia Municipal de Lisboa

Naturalidade

Amadora

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Arquiteta

Apresentação Pessoal

Nasci em Lisboa, na Estrela, e fui registada na Amadora. Vivo e trabalho na zona oriental de Lisboa, mas a minha família é beirã, raiana, de onde o granito convive com o xisto. A minha geografia resulta híbrida, em trânsito e culturalmente cosmopolita. Gosto destes paradoxos sociais e territoriais porque refletem como Lisboa foi mudando nas últimas décadas e o país que somos hoje.

Sou arquitecta (lic. pela Universidade de Lisboa, com passagem Erasmus pela ENSA Paris – La Villete). Trabalhei em Dublin durante dois anos e co-fundei o atelier MUTA, em 2018, onde me dedico ao projecto de habitação, comércio e reabilitação. Faço curadoria de exposições e debates de arquitectura, das quais se destacam a edição de 2019 do Open House Lisboa, a participação na Trienal de Arquitectura de Lisboa desde 2016 e a participação na Bienal de Arquitectura de Veneza deste ano.

Como mulher e feminista, sinto e observo directamente a desigualdade de género na minha profissão. Faço parte dos órgãos sociais da Associação Mulheres na Arquitectura e da equipa do projecto-piloto Mulheres em Construção (Programa Bairros Saudáveis) que vai dar formação em construção civil a mulheres em vulnerabilidade social do Bairro de Santiago em Aveiro, para a sua reconversão profissional e emancipação pessoal.

Sou doutoranda em Arquitectura na Universidade do Porto, onde realizo investigação sobre o desenvolvimento metropolitano de Lisboa na perspectiva do urbanismo contemporâneo, para pensar como construir e projectar as nossas cidades, hoje e no futuro.

Fui candidata à Ordem dos Arquitectos pela lista Arquitectura Perto, que defendeu a democratização da Arquitectura, mais direitos laborais e menos precariedade, e uma renovação da Ordem, incluindo a abertura do Colégio de Ecologia e Sustentabilidade Ambiental.

Entendo que o LIVRE representa uma forma de ver e de mudar o mundo que se tem revelado cada vez mais imperativa perante os tempos de incerteza e de crise estrutural que vivemos. Sou membra da Assembleia no segundo mandato consecutivo, tendo sido eleita para várias funções: co-coordenadora do Círculo Temático Esquerda e Estado social e do Grupo de Trabalho Estratégia e coordenadora da Mesa da Assembleia. Tal como tenho provado consistentemente no LIVRE, reúno todas as condições para realizar um trabalho diligente, crítico e isento e vejo na possibilidade de ser eleita uma oportunidade de aprendizagem política que gostaria de partilhar com todos os membros e apoiantes do LIVRE.

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Apresentação de candidatura

Nestas eleições temos que mostrar que a ecologia e o combate às desigualdades sociais não são nem divergentes, nem áreas acessórias das políticas locais, mas sim os pilares de um novo paradigma urbano. Lisboa é heterogénea e essa riqueza deve ser respeitada. Mas é também um espaço cada vez mais desigual. Temos simultaneamente uma concentração de investimento público nas áreas centrais, onde se tornou economicamente insuportável viver, e a invisibilidade do resto do município onde cada vez mais pessoas habitam e trabalham.

Lisboa precisa de uma visão que integre as várias políticas públicas na resposta aos problemas que a população sente e não podemos projectar o seu futuro com visões curtas. Muito menos orientadas unicamente para o nexo entre turismo, imobiliário e finança, atropelando e adiando os direitos universais à habitação e à cidade.

Precisamos de garantir que na Assembleia Municipal o LIVRE luta por uma Lisboa igualitária, ecológica e democrática – da Ameixoeira ao Parque das Nações, de Benfica a Alfama, dos Olivais à Ajuda, através das seguintes prioridades:

  • Garantir o acesso universal a habitação digna, com aumento do parque público;
  • Aproximar os locais de trabalho, os serviços e a habitação;
  • Centrar a mobilidade no transporte público, nas redes de mobilidade suave e na partilha de transporte;
  • Qualificar os espaços públicos, essenciais a uma vida saudável, parques, praças e largos para fazer desporto, conviver e brincar, ruas e avenidas com ciclovias, passeios mais largos, menos obstáculos, mais arvoredo e integração de corredores verdes;
  • Diversificar a economia local, apoiando a criação de comércio, serviços e cooperativas locais
  • Integrar bairros e áreas segregadas na malha da cidade, construindo continuidade urbana, qualificando os espaços públicos, incluindo as redes de serviços públicos e fomentando a criação de comércio, serviços e cooperativas;
  • Implementar processos transparentes de decisão política, que contem com a participação pública para uma efectiva definição da cidade.

Candidato-me à Assembleia Municipal de Lisboa porque penso poder contribuir para melhorar a vida da população de Lisboa, a discussão dos problemas da cidade e a visibilidade e prossecução da agenda do LIVRE. Penso que a AML pode ser uma câmara de ressonância, teste e vínculo das propostas do partido e um instrumento mais eficaz para maior implementação local da estrutura do LIVRE. É por tudo isto que lutarei.