Candidata à Câmara Municipal de Lisboa
Naturalidade
Barreiro
Local de Residência
Lisboa
Nacionalidade
Portuguesa
Profissão
Prof. Universitária/ Investigadora
Apresentação Pessoal
Nasci em 1971, sou Barreirense e resido em Lisboa desde 2003. Tenho dois filhos.
Atividade política e Associativa:
Sou membro do LIVRE desde maio de 2014 .
No LIVRE, em 2014, comecei por coordenar o Círculo Temático “Ciência e Sociedade” e fui membro do Grupo de Coordenação Local do Distrito de Setúbal entre 2014 e 2016. Fui também membro do Conselho da Candidatura Cidadã LIVRE/Tempo de Avançar e da Comissão Coordenadora onde integrei o grupo de coordenação do Programa e assegurei a coordenação da área programática “Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”. Integrei o Grupo de Contacto do LIVRE nos mandatos 2015-2017, 2018-2019 e atualmente no mandato 2020-2021.
Sou, desde outubro de 2017, Deputada na Assembleia Municipal de Lisboa, eleita nas listas da candidatura “Lisboa Precisa de Todos”, ao abrigo de um acordo coligatório entre o LIVRE e o Partido Socialista em Lisboa. Sou neste mandato membro da 8ª Comissão Permanente da Assembleia Municipal que trata os temas “Transportes, Mobilidade e Segurança” e membro do Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Risco e Reforço da Resiliência Sísmica em Lisboa.
Fui fundadora da Associação República e Laicidade, da qual sou membro da mesa da Assembleia, e sou também associada da Comcept, a Comunidade Céptica Portuguesa e da Associação Nacional para o Software Livre.
Atividade Profissional:
Sou Licenciada em Engenharia Física Tecnológica e doutorada em Física pelo Instituto Superior Técnico. Sou investigadora no Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e professora no Instituto Superior Técnico. Toda a minha atividade profissional de investigação científica tem sido desenvolvida em colaborações internacionais e também com a indústria. O meu doutoramento foi desenvolvido em torno da análise dos dados de uma experiência do CERN, o Laboratório Europeu de Física de Partículas, e, desde coordeno há 15 anos um Grupo de Investigação que desenvolve aplicações para o Espaço (principalmente através de projetos da Agência Espacial Europeia) relacionadas com as tecnologias desenvolvidas na física nuclear e de partículas.
Redes Sociais
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Apresentação de candidatura
Estamos em 2021, em Lisboa, numa cidade que mudou muito nos últimos anos. Fui, nos últimos 4 anos Deputada na Assembleia Municipal de Lisboa, assisti a muitas mudanças na cidade e espero ter contribuído para uma pequena parte delas. Fiquei a conhecer melhor os problemas da cidade e o que tem sido feito para os resolver. Entre 2017 e 2019 assisti à recuperação económica em cujo auge a cidade se encontrava no início da pandemia da COVID-19, em 2020.
O modelo de cidade que tinha vindo a ser desenvolvido até ao início de 2020, deveu-se muito à capacidade de atração turística de Lisboa. Chegados a 2021, depois de um ano que teve momentos em que a cidade “parou”, Lisboa resistiu e está bonita por fora, mas não é uma cidade verdadeiramente partilhada. Uma cidade com “casas de várias cores por fora”, mas que não é uma cidade com casas de várias cores por dentro.
Há assimetrias diversas em Lisboa que não surgiram no último ano. Devem-se ao modelo de desenvolvimento da cidade ser feito a várias velocidades. Como exemplo, a Agenda Urbana da UE estabelecida em 2016 para melhor regular, financiar e conhecer as estruturas urbanas europeias estabeleceu 12 temas prioritários. Em alguns destes temas Lisboa tem avançado a bom passo, como na adaptação às alterações climáticas e nas grandes mudanças na mobilidade urbana, mas outros temas há em que os avanços foram menores como na melhoria da qualidade do ar, como são exemplo o atraso na implementação das ZER e a manutenção do Aeroporto em Lisboa; ou como a não concretização de melhores soluções de alojamento a custos comportáveis para os Lisboetas que permitam que a cidade possa ser verdadeiramente partilhada e vivida por todos.
A minha visão para Lisboa é que para que esta seja uma cidade verdadeiramente partilhada, a abordagem ao “ecossistema da cidade” deve ser feito de forma sistémica e integrada quanto aos desafios que se nos colocam – desde os sociais e económicos aos ambientais – e esta integração não deve ser feita a velocidades diferentes em diversos sectores. Como investigadora acredito que o aprofundamento da ligação da cidade aos seus centros de produção de conhecimento nas diversas áreas pode ser uma chave para promover uma mudança qualitativa na abordagem dos problemas da cidade. Lisboa é uma cidade com duas grandes universidades públicas, e com diversas outros centros de produção de conhecimento, com uma procura cada vez mais acentuada por estudantes e investigadores de muitos locais do mundo. Aproveitemos este potencial. Promovamos projetos conjuntos com as universidades que permitam avançar significativamente em áreas como as da transição energética e digital ou da utilização sustentável dos solos e em soluções baseadas na natureza, numa abordagem integrada na definição das politicas publicas da cidade. Trazer mais conhecimento à cidade pode fazer a diferença entre continuar a partir do que havia no início de 2020, ou dar um passo grande em frente a partir do final de 2021 e acredito que posso contribuir para que esse passo seja dado.