Candidato à Câmara Municipal de Portalegre

Naturalidade

Portalegre

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Técnico-Superior no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa

Apresentação Pessoal

Olá!
O meu nome é Francisco Biscainho, tenho 27 anos e sou um orgulhoso Alentejano por terras Lisboetas.
Compreender e pensar o mundo, o porquê das coisas e o de funcionarem da maneira que funcionam sempre foi um traço constante na minha vida. Foi com essa curiosidade e com a vontade de saber mais em mente que decidi, por volta dos meus 14 anos, seguir Ciências Socioeconómicas no Ensino Secundário. É nesse momento que posso dizer que a minha capacidade de pensamento crítico conhece a sua primavera.
Esquerda, Direita, Economia, Ecologia, Sociedade, Liberdade, Direitos Humanos e tantos outros termos e temas deixaram de ser chavões para se perfilarem como alvo de uma reflexão interna profunda.
Dei seguimento a este percurso e a esta reflexão ao sair de Portalegre, de onde sou natural, para vir estudar para Lisboa, tendo-me Licenciado em Gestão e tornado Mestre em Economia pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa. Foi sobretudo com esta experiência académica e com o início da minha vida
profissional, conjugada com o histórico familiar de participação política ao nível local, que percebi que queria ser um agente de mudança.
Hoje sou alguém que na sua vida profissional se dedica ao serviço do outro, providenciando aconselhamento de carreira e apoiando a inserção no mercado de trabalho do(a)s estudantes da Iscte Business School.
Identifico-me com os valores da Esquerda Libertária, Ecologista, Europeísta, Feminista e Anti-Racista, e é por eles que me bato diariamente na minha vida, muitas vezes na própria desconstrução e mudança de crenças pessoais. Faço ilustração, toco guitarra e leio nos meus tempos livres, sobretudo uma boa distopia. Move-me a vontade e a urgência de fazer diferente, de começar a construir hoje o futuro que este planeta, estas gerações que o habitam e as que hão de vir merecem.
Ao longo deste caminho mudei a minha forma de pensar sobre muitos assuntos, aprendi muito com muita gente e sobretudo desenvolvi a noção muito urgente de ter de servir a Coisa Pública, de dar de volta à sociedade e torná-la melhor do que a encontrei na melhor das minhas habilidades. Se estou preparado para o fazer? Não. Nunca estamos, pelo menos até o fazermos. E é por isso que dou este passo em frente.

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Apresentação de candidatura

Nasci e vivi na cidade de Portalegre durante 18 anos. Habituei-me a viver numa cidade rodeada pela natureza onde (ainda) não se falava em êxodo, onde ainda brotava vida e movimento nas suas ruas, no comércio local, no mercado, nas feiras, nos cinemas, na senda cultural, na Praça da República e nos Jardins do Tarro e da Corredoura. Uma cidade onde ainda se falava em Ficar.
À medida que se aproximou o momento crítico de decidir se ficaria na cidade ou partiria para o litoral em busca de um futuro e de oportunidades, fui mais um dos muitos filhos e filhas da terra que decidiu partir. Em 2012, as nuvens no horizonte já eram de um cinzento carregado quando a troquei por Lisboa para tirar um curso superior.

Na minha mente era impensável Voltar. Não vislumbrava nada que me pudesse fazer regressar a esse “Porto Alegre” que aos meus olhos já pouca alegria tinha para dar. As ruas já estavam vazias, o comércio fechado, os mercados e feiras transfigurados, os cinemas reduzidos a quase nada, a cultura a lutar para se manter à tona da água e as praças e os jardins deixados para os resistentes ou visitantes fugazes. Tracei uma sentença, assumi
que era impossível mudar e revitalizar Portalegre.
Hoje sei que estava errado. Não porque o panorama não fosse cinzento, mas porque para Voltar e para Ficar é preciso quem nos abra a porta e quem lhe dê cor. Hoje sei que também cabe a quem partiu lutar pela sua casa.
É com esta missão que apresento a minha candidatura à Câmara Municipal de Portalegre pelo LIVRE. Mas este é um trabalho de equipa. Apenas juntos e juntas, quem partiu e quem ficou, quem ainda tem em si a força para transformar esta cidade e quem está disposto(a) a recuperá-la, podemos tornar possível Voltar e Ficar. Este será o nosso lema, Voltar e Ficar, e é também o título que proponho para o manifesto de candidatura e
propostas que idealizo para a cidade.

O Manifesto Voltar e Ficar tem como ponto de partida 7 grandes pilares de actuação para a cidade de Portalegre:
1- Chamar de volta e atrair para a cidade gentes e capitais – tanto quem dela partiu como quem nela se fixará pela primeira vez – aproveitando por exemplo, as possibilidades trazidas pelo teletrabalho a partir do interior;
2- Revitalizar o comércio local com base na produção local sustentável e respectiva promoção, sempre que possível numa lógica de economia circular;
3- Promover a mobilidade suave, a produção local de energias renováveis, o combate ao desperdício alimentar e outros vectores de actuação rumo ao cumprimento das metas de descarbonização da economia e da nossa vida em sociedade;
4- Garantir e se possível melhorar programas e redes de apoio existentes de resposta à vulnerabilidade social e económica trazida pela pandemia aos(às) habitantes da cidade de Portalegre;
5- Fazer da cidade um polo cultural vibrante, chamando a si para residir e para criar artistas nacionais e internacionais, culminando o processo criativo num grande festival de arte que mobilize toda a cidade e convide todos e todas a descobri-la, quem nela habita, cria, e os locais onde a produção artística será exposta e transmitida;

6- Democratizar os processos de decisão e envolver o(a)s habitantes nos mesmos, explorando formas de participação cívica e política mais directas como as Assembleias Cidadãs;
7- Investir na digitalização da Cidade, seja nas vertentes da literacia digital do(a)s seus habitantes, na capacitação do comércio local para os marketplaces online ou no acesso a informação local e a serviços de forma rápida, transparente e intuitiva a partir dos meios digitais.

No que toca à relação e posicionamento da cidade de Portalegre com o governo central e restantes municípios nacionais e internacionais, o manifesto tem como bandeiras:
1- Lutar, em conjunto com outros municípios nacionais e de Espanha, pela criação de uma rede ferroviária que
verdadeiramente sirva as populações e os territórios à margem das infraestruturas existentes;
2- Reivindicar uma Regionalização que resulte de um debate público inclusivo e de legitimação por via de um referendo nacional;
3- Potenciar sinergias, a partilha e a transferência de conhecimento e boas práticas de gestão municipal com
parceiros nacionais e internacionais;
4- Promover a implementação a nível local de projectos piloto de novas formas de fazer economia: Rendimento Básico Incondicional, moedas locais, redução do horário de trabalho, transportes públicos e uma rede de internet local universais e gratuitos, entre outros.
Este será o ponto de partida para lançar Portalegre para o futuro, num esforço que se pretende aberto na sua construção e que conta com todas as forças cívicas e políticas progressistas que nele se revejam para o edificar.

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