Vídeo de Candidatura


    

Naturalidade

Porto

Local de Residência

Porto

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Diretor artístico, escritor, docente universitário.

Apresentação Pessoal

Tenho 54 anos, moro e trabalho no Porto. Sou Diretor Artístico do Visões Úteis, onde exerço atividade como dramaturgo, encenador e ator; e nos últimos anos também me comecei a dedicar à escrita de ficção. Sou ainda docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e participante ativo em diversas associações e cooperativas ligadas às artes performativas e à propriedade intelectual, tanto a nível nacional como europeu. Comecei por me licenciar em direito (com uma pós graduação em economia europeia) e só mais tarde me dediquei academicamente à área das artes, em que sempre trabalhei e onde também acabei por me doutorar. Talvez este cruzamento de interesses ajude a explicar o modo como ao longo dos últimos 20 anos participei no debate associado a inúmeros processos legislativos e administrativos, na área da cultura, trabalho e segurança social, entre autarquia, governo, grupos parlamentares e Parlamento Europeu. Também neste sentido – o da confluência e expansão de possibilidades – se enquadra a responsabilidade que tenho somado ao meu trabalho, em termos ambientais e de coesão social: por um lado, assumindo a organização que dirijo como uma referência nacional para a transição energética, mesmo antes de esta ser uma questão transversal; por outro lado conferindo à mesma organização um importante papel enquanto agente para o desenvolvimento da freguesia de Campanhã, a mais periférica do Porto. Já tinha votado numas primárias do LIVRE, há cerca de dez anos, como apoiante. Sou membro do LIVRE desde o início do verão de 2023 e fui candidato à Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Porto, tendo participado em diversas ações de campanha, como debates, distribuição de flyers, colocação (e remoção) de alveolares e colagem de cartazes e autocolantes. Vivi por isso a imensa felicidade de ver o partido eleger o seu primeiro grupo parlamentar e gostaria de ver esta onda de otimismo e amor continuar a crescer. Mas insisto em que, por muito que cresça, o LIVRE permaneça como um partido em que é possível, numa mesma conversa, assumir uma postura assertiva quanto a assuntos de escala nacional ou internacional, e combinar quem faz um bolo para a reunião do dia seguinte.

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Apresentação de candidatura

No verão seguinte à queda do muro de Berlim, percorri alguns países do leste da Europa; recordo, em particular, um rapaz que conheci, numa noite de agosto em Belgrado, e que me garantiu que aquele seria o único verão de liberdade, porque no próximo já estaria numa guerra que prometia estilhaçar a Jugoslávia.

Dois anos depois, na Universidade de Roma, assisti com espanto ao alerta do professor de Direito Comunitário, explicando-nos que estava de partida para Maastricht, onde se debatia um tratado que prometia transformar a CEE numa união política; e para atestar as suas palavras, colocou a mão sobre uma resma de fotocópias e garantiu-nos: é possível, está aqui.

Entusiasmado, frequento no ano seguinte uma pós-graduação em Estudos Europeus, optando por uma vertente em economia que me permitiu abordar a complexidade institucional jurídica, económica, social e política do projeto europeu.

Desde aí, segui sempre a (des)ilusão do processo de integração, por exemplo, através da participação numa organização internacional da minha área profissional: no IETM tive a oportunidade não só de visitar e conhecer a diversidade de contextos europeus, mas também de integrar um Comité Consultivo e diversos grupos de trabalho. Destaco um que pugnou, durante vários anos, pela inclusão da palavra “cultura” nas prioridades da União para a década que agora vivemos.

Entretanto, fui sendo confrontado com a dificuldade de comunicar com a generalidade dos eurodeputados portugueses, constantemente ocultos atrás de endereços de email e assessores. Recordo, a geral ausência de respostas quanto ao sentido do voto na eminente audição do húngaro Tibor Navracsics para Comissário da Educação, Cultura e Cidadania; contrastando com o retorno que deputados de outros países davam a solicitações idênticas de ativistas. Ou o silêncio de deputados nacionais, quando solicitados para esclarecer o sentido de voto numa particular Comissão de Orçamento.

A minha candidatura – para lá de pretender contribuir para a eleição de um deputado do LIVRE e reforçar a transparência dos mandatários nacionais no PE – tem um foco particular em três pontos: 1) Na introdução da arte, ao lado da cultura, como prioridade da União para a próxima década; 2) No aprofundamento da política comum de segurança e defesa; 3) Numa política externa que não abdique do carinho pelos valores que sustentam a União, nomeadamente em termos de direitos humanos, feminismo e autodeterminação dos povos.