Naturalidade

Santarém

Local de Residência

Londres

Nacionalidade

Portuguesa e Britânica

Profissão

Investigadora

Apresentação Pessoal

Olá! Sou a Mafalda Dâmaso, tenho 38 anos e vivo em Londres.

Nasci em Santarém e vivi no Ribatejo até ir para Lisboa estudar Sociologia. Desde 2006, com a excepção de um estágio em Portugal, vivi noutros países da União Europeia. Fiz Erasmus em Filosofia na Universidade de Viena e um mestrado em Ciência Política na Universidade Católica de Louvain-la-Neuve na Bélgica.

Depois, decidi redireccionar a minha carreira para a minha grande paixão: a cultura. Fiz um estágio INOV-Art numa organização cultural nos Países Baixos antes de vir para Londres em 2010 fazer um doutoramento sobre arte e política com uma bolsa da FCT na Goldsmiths. Conheço bem a precariedade. Trabalho para a Universidade Erasmus de Roterdão num projecto sobre a indústria europeia do cinema financiado pela Comissão Europeia, depois de ter dado aulas no ensino superior e de ter trabalhado como freelancer, nomeadamente como especialista para o Parlamento Europeu no âmbito do estatuto do artista.

Na cultura, a reprodução das elites é a norma. Essa não é a minha origem, pelo que só posso fazer o que faço graças à solidariedade dos cidadãos europeus que investiram nos quadros científicos e culturais de Portugal.

Nunca me esqueci disso. Mas foi com a subida da extrema-direita em França em 2015, que sigo por razões familiares, seguida pelo Brexit, que despertei para a necessidade de contribuir de forma mais activa para o debate político. Dedico-me, desde então, às políticas culturais europeias e também portuguesas, especialmente desde que me juntei ao LIVRE em 2023 – inspirada pelo seu equilíbrio entre ambição política e sensatez.

O meu objectivo é contribuir para o reconhecimento da cultura não só como fonte de alegria e deslumbramento mas também de celebração da diferença, da curiosidade e da criatividade – as bases de comunidades fortes, de economias guiadas por ideias e não pela destruição do planeta, de um modelo de desenvolvimento no qual a prosperidade é inclusiva e partilhada, e da compreensão entre os povos. Daí trabalhar pro bono com várias organizações através das quais também reforço os laços entre o Reino Unido e a União Europeia: Portuguese Association of Researchers and Students in the UK, UK Coalition for Cultural Diversity, Creative UK e British Foreign Policy Group.

A minha vida prova que a União Europeia é, no seu melhor, um espaço de liberdade que permite aos seus cidadãos florescer e contribuir para o bem comum. Cabe ao LIVRE trabalhar para que esta história seja partilhada por todos.

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Apresentação de candidatura

Qual é o Portugal com que sonhamos? Quando nos juntámos à União Europeia, decidimos partilhar o nosso futuro com a nossa família europeia. É por isto que a maioria da legislação e das decisões estratégicas em Portugal reflecte deliberações conjuntas em Bruxelas. E é também por isso que responder a esta pergunta requer pensar noutra: qual é a União que queremos?

A resposta tem sido: um continente com infraestrutura de qualidade, um mercado interno forte, liberdade de movimento… mas também um continente onde a despesa pública é vista como um gasto e não um investimento, a gestão do bem público (na ciência mas também noutras áreas) tende a seguir o modelo do sector privado, a agricultura é intensiva, as fronteiras são cemitérios, a coesão social, económica e territorial é uma preocupação secundária, e a prioridade dada ao crescimento coloca em risco a biodiversidade e a diversidade cultural.

Não só as soluções para estes problemas terão de ser encontradas à escala europeia como o espaço de manobra que Portugal terá para investir de forma estratégica na transição ecológica, no conhecimento, numa educação que reforce a análise crítica e a criatividade, num parque habitacional de qualidade, na cultura, e em políticas de inovação compatíveis com os direitos humanos vai reflectir em grande parte a composição do Parlamento Europeu até 2029.

Para além disso, tendo em conta o alargamento aos Balcãs Ocidentais, esta legislatura verá não só uma renegociação do orçamento europeu como debates sobre um novo tratado. Por exemplo, é provável que a direita defenda menos investimento para a ciência e a coesão em países como Portugal e que a extrema-direita rejeite competências partilhadas na cultura.

Cabe ao LIVRE propor o contrário: uma União Europeia guiada, tanto em casa como na sua acção externa, pelos direitos humanos e a justiça social e ambiental, favorável ao reforço dos seus elementos transnacionais, e aberta a uma maior partilha de competências na gestão dos bens públicos. Fazê-lo significa rejeitar a ideia de que o que resta à política é gerir o declínio ambiental, social e do respeito pelo direito internacional e, pelo contrário, redireccionar o nosso horizonte para a construção de uma sociedade e economia do bem-estar, do cuidado, e do bem comum. Um mundo, uma Europa e um Portugal melhor continuam a ser possíveis.

É para levar esta visão europeísta convicta, construtiva e LIVRE às Eleições Europeias que sou candidata.

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