Naturalidade

Tomar

Local de Residência

Mafra

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Professora

Apresentação Pessoal

Tenho 65 anos e sou professora há mais de quatro décadas. Fiz a minha formação política nas fileiras do Movimento de Esquerda Socialista (MES) e, sem voltar a militar em qualquer partido, fui participando na vida política sempre que a minha consciência o ditou. Foi assim, por exemplo, nas campanhas de Maria de Lurdes Pintassilgo e de Jorge Sampaio, ou nas mobilizações cívicas que permitiram a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e que lutaram contra a invasão do Iraque, no início deste século, além de outras iniciativas à escala local.

Considero, porém, que o meu maior contributo para o país que construímos desde aquela madrugada de Abril foi o que dei na minha atividade profissional, através da Escola Pública. Beneficiando da minha formação académica de base em Serviço Social, foi na interação com as realidades fora dos portões da escola, com crianças excluídas e carenciadas, que creio ter feito mais pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social em Portugal.

Quase meio século depois de ter militado no MES, senti nos últimos meses que o LIVRE, destino do meu voto desde a sua fundação, é o espaço no qual faz sentido enquadrar a minha participação cívica. Foi por isso que decidi tornar-me membro do partido, participando na sua campanha eleitoral para as últimas Eleições Legislativas, e candidatar-me às Primárias Abertas para as Eleições Europeias de 2024.

Apresentação de candidatura

Acredito que muitos dos problemas sociais com que contactei na minha vida profissional e os muitos descontentamentos que sustentam parte do crescimento da extrema-direita têm como pano de fundo o triunfo do neoliberalismo e a omnipresença do mercado. Com eles, os poderes democráticos subjugaram-se aos poderes económicos, enfraquecendo os instrumentos dos Estados para proporcionar a todos condições de bem-estar e de realização pessoal. Estas transformações, moldaram também de modo profundo os destinos do projeto europeu, tendo na arquitetura da união monetária a sua maior expressão.

Na Europa e no mundo, a cada vez maior concentração de riqueza e o agravamento das desigualdades sociais traduziram-se, para muitos, numa verdadeira corrida pela sobrevivência. Uma corrida onde o medo de ficar sem chão e as dificuldades em prover o sustento são intuídas como fracasso individual, de uma violência tão assoladora como invisível, que vai fomentando a revolta e corroendo o sentimento de pertença à comunidade.

Aqui chegados, creio que os europeus estão confrontados com duas opções. A primeira será o recuo para os nacionalismos do passado, impotentes perante os desafios do nosso tempo. A segunda passará pela «criação de uma democracia europeia baseada na soberania popular de cada Estado e da União no seu conjunto», como defende o programa do LIVRE. Uma democracia europeia com legitimidade e ferramentas para refazer os vínculos que permitirão melhorar as condições de vida dos europeus. Uma democracia europeia, além disso, capaz de se posicionar num mundo fustigado por conflitos, tensões geopolíticas e uma emergência climática que urge enfrentar.

Eu acredito no segundo caminho.

Para o trilhar, será fundamental envolver os cidadãos europeus nos grandes debates sobre o futuro da Europa e edificar uma verdadeira comunidade política a essa escala. As eleições para o Parlamento Europeu são, para tal, um momento chave. Candidato-me às Primárias do LIVRE às Eleições Europeias de 2024 para contribuir para esse debate e para ajudar a aproximar o projeto europeu do cidadão comum. Fazer as pessoas sentir que a Europa não é um lugar distante, mas um espaço de partilha, de troca de conhecimentos e de aprendizagem, que nos enriquece e nos torna mais fortes. Um espaço de cidadania.