Naturalidade

Figueira da Foz

Local de Residência

Porto

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Engenheira de Qualidade de Rede

Apresentação Pessoal

Sou a Matilde, natural da Figueira da Foz e portuense de espírito desde que vim para cá estudar, ao entrar na universidade. Acabei o mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores no ano passado, quando desenvolvi uma dissertação que visava criar um sistema autossustentável que permitisse reduzir a quantidade de água gasta em fins residenciais. Comecei depois a trabalhar enquanto analista de dados, esperando que um dia possa vir a usar as competências adquiridas para o bem comum.

Desde criança que me revolto com desigualdades. Mais tarde, e à medida que me fui conhecendo enquanto pessoa, e à sociedade e às restrições por ela impostas, o meu leque de interesses políticos expandiu-se proporcionalmente. Sendo uma mulher, em particular uma mulher num campo dominado por homens, uma faceta feminista emergiu rapidamente. O mesmo aconteceu com os direitos LGBTQIA+, sobre os quais aprendi tanto mais quando descobri que me encontrava algures dentro desta sigla. A luta pela igualdade e pela aceitação dentro destes dois movimentos é acerca de quebrar normas societais — que, devo dizer, são com frequência completamente arbitrárias – e desconstruir preconceitos que todos nós temos enraizados dentro de nós, e esforço-me para ser uma força ativa — e positiva — nesta luta.

Mas, e porque cingirmo-nos aos assuntos que nos tocam pessoalmente faria de nós extremamente pequeninos, é importante para mim fazer a ponte entre estes dois assuntos e tantos outros problemas sociais que considero sumamente importantes na minha formação política, nomeadamente enquanto pessoa de esquerda, e que perpetuam que “”alguns animais são mais iguais que outros””: são exemplo disso as alterações climáticas, que dizem respeito a todos, preocupam alguns, e afetam sobretudo pessoas com escassos recursos e em condição de pobreza; a crescente afluência de migrantes e do seu direito dificultado a condições dignas; ou as minorias raciais e os obstáculos que se veem forçadas a enfrentar numa sociedade mais racista do que gostamos de admitir.

A política sempre fez parte de mim. Só recentemente descobri que não é em todas as famílias que se celebra o 25 de abril como se fosse Natal, e cresci a ouvir histórias sobre ser neta de um homem que participava em reuniões ilegais contra o regime fascista e prima de um homem baleado pela PIDE e torturado na prisão. Não tenho intenções de ser presa nem torturada, mas carrego comigo a vontade de lutar contra o fascismo e por um futuro inclusivo, verde, e LIVRE.

Apresentação de candidatura

É com grande entusiasmo mas, confesso, também algum pesar, que apresento a minha candidatura às eleições europeias de 2024. Entusiasmo, porque estou a cumprir um sonho de infância, defendendo os meus ideais e lutando por um futuro melhor. Pesar, porque a apresento numa altura da História em que uma onda crescente de extrema direita assola Portugal e a Europa.

Mas é porque os tempos são difíceis que se torna importante haver quem lute por eles. Com base no panorama nacional e europeu, alguns temas surgem como prioritários:

—Transição Energética e Mobilidade: Enquanto que as massas têm algum poder limitado individual, o ónus está do lado dos governos e das grandes empresas. É tempo de investir em energias renováveis, na implementação de políticas de redução de emissões de carbono e numa transição justa para garantir condições dignas para os trabalhadores afetados por medidas ecoconscientes. Devemos apelar aos Estados-membros da UE para atingir a neutralidade carbónica e investir em transportes públicos: os centros das cidades pertencem a todos.

—Autodeterminação dos povos: Comprometemo-nos a apoiar medidas que visem a paz e a estabilidade na Palestina, na Ucrânia, no Sahara Ocidental, a respeitar o direito à autodeterminação de todos os povos, e condenando qualquer forma de agressão ou invasão que viole o direito internacional. Defendemos o diálogo e a negociação como meios para a resolução de conflitos, sublinhando a importância da diplomacia multilateral e da intervenção da UE.

—Direitos Humanos e Migração: Os seres humanos não são ilegais. Devemos lutar por abordagens mais humanitárias à migração, e garantir que valores europeus não podem ser sinónimo de deixar que todos os anos milhares de migrantes morram a atravessar o Mar Mediterrâneo. No seio da UE, devemos combater a exploração a que migrantes se tornam particularmente vulneráveis e atualizar as políticas de atribuição de cidadania. É preciso mais: é preciso facilitar a integração eficaz dos migrantes nas nossas sociedades, lutar contra a xenofobia e promover a partilha de experiências, conhecimentos, e tradições, porque é dos contributos de pessoas diferentes, com necessidades diferentes e culturas diferentes que nasce uma democracia verdadeiramente funcional.

Num contexto marcado por discordâncias, divisões, conflitos, e pela escassez de amor, paz e harmonia, acredito que o Parlamento Europeu precisa de um aumento urgente dos Verdes Europeus, e espero poder ajudar a tornar essa visão realidade.