Naturalidade
Freguesia da Lapa, Lisboa, Portugal
Local de Residência
Zurique, Suíça
Nacionalidade
Portuguesa
Profissão
Médico Interno de Cirurgia
Apresentação Pessoal
Olá! O meu nome é David, tenho 30 anos, sou médico, casado, e vivo desde o início de 2017 em Zurique (Suíça).
Nasci em Lisboa e cresci na actual União de Freguesias de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela (concelho de Loures, Lisboa). Filho de beirões e neto de emigrantes em França, passei a minha infância entre o estímulo lisboeta, a Natureza de Verdelhos (Serra da Estrela, concelho da Covilhã), as lides agrárias da Coriscada (concelho da Mêda, Guarda) e os imponentes castelos franceses do vale do Loire (Blois) e de Paris. Frequentei o ensino secundário público em Santa Maria dos Olivais (Lisboa) e desde então tive o privilégio de frequentar os mais variados nacionais e internacionais estabelecimentos de Ensino Superior. A passagem por Coimbra, Porto, Lisboa, Istambul (Turquia), Bologna (Itália), Osaka (Japão) e Paris (França), abriram-me horizontes e sensibilizaram-me para as mais variadas culturas e escolas de pensamento. Falo hoje fluentemente 6 línguas, que aprendi por imposições académico-profissionais e por hobby.
Em 2015 terminei o meu Mestrado em Medicina na Universidade NOVA de Lisboa. Em 2016 trabalhei como Médico Interno do Serviço Nacional de Saúde no Hospital Vila Franca de Xira e Unidades de Cuidados de Saúde Primários de Benavente e Póvoa de Santa Iria. No final desse ano, decidi abraçar um novo desafio e tentar a minha sorte num novo país com uma nova língua. Após um curto período como Médico Voluntário no maior campo de refugiados europeu (Campo de Refugiados de Moria, Lesbos, Grécia), iniciei a minha especialidade em Cirurgia em Zurique (Suíça), onde permaneço até hoje.
Nos tempos livres pinto, sou aficionado de jogos de tabuleiro, banda desenhada e literatura clássica e pai babado de um menino de 4 meses.
Apoiante não registado do LIVRE desde a sua fundação, tornei-me recentemente Membro por sentir que estava na hora de disponibilizar o meu tempo e motivação para ajudar o partido a espalhar a mensagem que para mim é uma lufada de ar fresco na política portuguesa e o personificar da esperança num Portugal e numa Europa mais tolerantes, mais solidários, mais ecológicos e mais democratas. Essencialmente, mais LIVREs!
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Apresentação de candidatura
Submeto a minha candidatura às eleições primárias do LIVRE, pelo círculo Europa, não porque julgo possuir extraordinários atributos de gestão ou actuação política, mas por sentir o chamamento que é feito a todos os cidadãos portugueses neste período de fatalismo e perda de confiança nas instituições. A maioria do povo português resignou-se, consumida por legítimos sentimentos de abuso, roubo e injustiça, e tem vindo a deixar à mercê dos oportunistas o futuro do nosso país. Prova disso é a crescente taxa de abstenção eleitoral: actualmente, menos de um terço dos portugueses luta ainda pelas suas convicções e pelos seus ideais de um Portugal e de uma Europa melhores. Pertencendo a essa minoria, vejo-me moralmente forçado a fazer o que estiver ao meu alcance para ajudar a ressuscitar o ânimo, a esperança e a vontade de lutar por um Portugal e uma Europa mais democráticos.
Desde pequeno cultivei uma postura activista e reformadora que, como adolescente e jovem adulto, me levou a assumir os mais variados papéis associativistas e comunitários. No entanto, filho da classe média e sem quaisquer imposições políticas no seio familiar, nunca adoptei qualquer afinidade partidária, apesar da assídua participação cívica e eleitoral. Em 2014, com a fundação do LIVRE, o partido de esquerda moderada, europeísta e ecologista, que veio colmatar, na forma de ponte, uma lacuna imensa no nosso leque partidário nacional, senti a surpreendente (e rara!) experiência que é revermo-nos integralmente num programa político.
Hoje, ao propor-me para uma lista às Legislativas 2019 como emigrante português (ainda que muito recente), manifesto que não é por estar fora que sou menos português, não é por viver na Suíça que não acredito no Projecto Europeu, e não é por tudo isso, nem por ser recém-pai ou por trabalhar perto de 14h diárias, que abdicarei de contribuir dentro das minhas capacidades por um Portugal e por uma Europa mais justos, mais solidários, mais verdes e mais democráticos.
Apenas dois deputados são eleitos a cada mandato legislativo pelo círculo Europa. Isso significa que cada um desses deputados tem na voz o poder de cerca de 750.000 portugueses emigrados neste velho continente. Não há outro deputado, por qualquer que seja o círculo eleitoral, com tamanho comprometimento. Uma responsabilidade desmesurável e desumana. Um encargo às medidas de um emigrante português.
Como médico emigrante, as minhas prioridades programáticas favorecem, obviamente, a Saúde (sendo defensor acérrimo do legado de António Arnault, do preciosíssimo Serviço Nacional de Saúde que nos deixou, e da Lei de Bases da Saúde que este elaborou com João Semedo, derradeiro presente de ambos ao povo português), mas também a Educação, liberdades civis e Direitos Humanos, Relações Internacionais e Diplomacia. Finalmente, batalharei pela aproximação destes domínios à comunidade migrante, combatendo o distanciamento burocrático e emocional, numa tentativa de colmatar o geográfico.
Mais do que chegar ao Parlamento, pretendo com esta candidatura apelar aos cidadãos portugueses, mais concretamente aos emigrantes europeus, que se pronunciem e que participem do futuro político de Portugal para que juntos combatamos a inércia que se apoderou do povo, a verdadeira inimiga da jovem democracia portuguesa.