Naturalidade

Divinópolis/Minas Gerais

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Brasileira

Profissão

Produtora cultural; revisora de conteúdos digitais; estudante de Direito.

Apresentação Pessoal

Sou brasileira, nasci em Divinópolis/Minas Gerais. Vivo em Portugal há 11 anos. Os temas europeus sempre me fascinaram e sobre isso tive a sorte e a honra de trabalhar com o Rui Tavares durante o seu mandato no Parlamento Europeu. Estou no LIVRE desde a sua criação. Estive lado a lado com os portugueses na recolha de assinaturas, onde me era sempre lembrada a minha nacionalidade pela curiosidade dos signatários em uma brasileira participar da construção de um partido político em Portugal. Assisti de perto ao debate da convergência da esquerda e a vi sendo, em parte, concretizada – creio que ainda é um processo em construção. Faço parte da Assembleia do LIVRE e também fui membro do Conselho do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR, sendo eleita em ambos uninalmente. Ao abrigo do Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres ou Direitos Políticos, previstos no capítulo 2 do título II do Acordo de Porto Seguro, candidatei-me nas eleições legislativas nos Açores, pelo círculo de São Miguel – uma candidatura simbólica, como suplente, que os açoreanos gentilmente me convidaram para compensar a frustração de não ter conseguido me candidatar e principalmente votar nas legislativas de 2015. Sou defensora acérrima dos direitos humanos e entusiasta do projeto europeu, dedicando-me a compreender a sua complexidade.

Apresentação de candidatura

Esta candidatura se faz no sentido oposto ao que grupos nacionalistas – atualmente emergentes na comunidade internacional – pretendem. Vimos a ascensão da extrema-direita emergir através de um discurso populista, anti-imigração, suportado pelo medo e apoiado pela desinformação popular, conveniente aos que detém o poder. As pessoas migrantes estão a ser covardemente atacadas por grupos racistas e xenófobos que as vêem como chagas das sociedades cosmopolitas. Não têm poder de escolha, quiçá de voz. Mas como cidadã de origem brasileira também tenho uma voz que quer ser ouvida e tenho mãos para trabalhar por uma sociedade inclusiva, progressista suportada pelo respeito à dignidade humana e principalmente, por uma cidadania plena, digna de ser implementada no século em que vivemos.
A humanidade guarda em sua memória verdadeiras atrocidades cometidas ao longo da história, principalmente no século XX e, infelizmente, já no nosso tempo. É urgente zelar pelo cumprimento dos direitos humanos e fundamentais, assim como a democracia de facto, e não permitir que sejam talhados parte à parte e abandonados à própria sorte os direitos a duras penas conquistados.
Esta candidatura não representa os meus e as minhas compatriotas. Não tenho legitimidade para o fazer e nem pretendo. Representa, nada mais nada menos, a vontade de uma cidadã, como qualquer outra, de estender os braços, arregaçar as mangas e trabalhar em prol do bem comum, principalmente num momento em que o mundo precisará de todos e todas que acreditamos na liberdade.
Teremos nós que abdicar de qualquer esperança simplesmente porque a força maldita dos populistas conseguiu minar até corações justos? Teremos que fechar as fronteiras e aceitar um destino menos glorioso para a humanidade? Não. Temos que nos estender, formar um escudo para proteger o futuro e proteger os que estão em situação de vulnerabilidade. Eu quero ser este escudo, juntamente com outras e outros que querem continuar o trabalho iniciado na segunda metade do século XX e honrado hoje, em cada país do globo, por defensores dos direitos humanos que estão sendo cruelmente aniquilados.
Portanto, apoiada pelo Acordo de Porto Seguro, candidato-me nas primárias do LIVRE para as eleições legislativas deste ano. Candidato-me para as eleições do país que me acolheu, nutriu-me com o conhecimento de suas universidades e de sua gente; candidato-me em igualdade plena de direitos políticos, exercendo a cidadania que não deveria ser negada a pessoa nenhuma. E candidato-me como imigrante, como cidadã brasileira que decidiu fazer de Portugal a sua casa.