Naturalidade

Amarante

Local de Residência

Bruxelas

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Engenheiro do Ambiente

Apresentação Pessoal

Nasci e cresci em Amarante, a princesa do Tâmega, onde vivi até à minha entrada no ensino superior. Formei-me em engenharia do ambiente por achar que apenas uma visão ecologista pode garantir o justo desenvolvimento tanto a nível global como a nível local. Com isto em mente e por achar que um partido político pode e deve ser uma ferramenta ao serviço e aberta à sociedade, empenhei-me na formação do LIVRE, fazendo parte do Grupo de Contacto desde a sua formação. Estou atualmente a terminar um doutoramento em filosofia política, onde estudo a potencial ligação entre ecologia, rendimento básico incondicional e o republicanismo enquanto teoria política.
Resido fora de Portugal desde 2008, com passagens (mais ou menos curtas) por Lituânia, Índia, França, Itália e Bélgica. Concordo com Fernando Pessoa quando escreveu que, para os portugueses, desnacionalizar-se é encontrar-se.
Interesso-me particularmente pelos princípios do republicanismo, pelo ecologismo político e por modelos de globalização alternativos, mais justos e mais equitativos. Nesse sentido, a interseccionalidade é essencial para podermos agir e responder aos desafios que temos pela frente. Acredito que um rendimento básico incondicional pode ser uma ferramenta importante para preparar um futuro mais justo – nesta linha, sou um dos co-autores do primeiro livro em Portugal dedicado exclusivamente ao RBI, a ser publicado em junho de 2019.
A nível político, fui um dos autores do “Manifesto para um futuro europeu”, escrito em Abril de 2013 e em Dezembro de 2013 coordenei a escrita do “Desafio à Diáspora”, um manifesto escrito por vários apoiantes do LIVRE a residir fora do país. Nas eleições legislativas de 2015 fui candidato pelo círculo da Europa.
Vivendo na Bélgica, apaixonei-me pela banda desenhada e pelas batatas fritas, consumindo ambas de forma abundante. Publiquei juntamente com o Eduardo Viana uma banda desenha biográfica sobre a vida e obra de Amadeo de Souza-Cardoso, bem como uma pequena banda desenhada sobre o rendimento básico incondicional que será publicada em março de 2019.
Numa manifestação pelo clima em que participei no ano passado li um lema que roubo como lema de campanha: “Ecofeminismo contra o patriarcado fóssil”.

Redes Sociais

Twitter: @jopintopt

Apresentação de candidatura

Perante o risco de catástrofe, o otimismo. Perante a incerteza, uma alternativa de futuro.
Poucos ousarão ser otimistas num momento em que o autoritarismo, o fascismo, o antissemitismo e os ataques aos direitos das minorias e das mulheres são uma realidade cada vez mais concreta. Das Filipinas ao Brasil, da Turquia à Hungria, o cerco aperta-se cada vez mais. Mas há mais razões para não ser otimista, com um planeta que continua a aquecer para lá de todos os limites aceitáveis e ao qual roubamos todos os recursos e que poluímos como se não houvesse limites. Como ousar o otimismo se nos dizem que temos de nos resignar à catástrofe?
A resposta é simples: criando um novo imaginário. Perante os avanços reacionários, vemos mulheres que se levantam, organizam e marcham nas cidades reclamando aquilo que é seu por direito, vemos milhares de jovens a marchar a pedir mais responsabilidade ecológica aos líderes mundiais. Vemos ainda iniciativas como o zapatismo no México ou o Rojava sírio onde alternativas democráticas e ecológicas se afirmam. E este é o espírito da minha candidatura. Uma candidatura que defende a intransigência na defesa do acolhimento daqueles que querem entrar na Europa, que defende o pós-produtivismo como via de desenvolvimento, que defende os princípios republicanos de igualdade e liberdade, que defende uma economia baseada nas PMEs e sobretudo no setor cooperativo.
Caso seja eleito deputado à AR serei uma voz que proporá radicalismo nas propostas apresentadas. Radicalismo no sentido etimológico, de ir à raiz dos problemas para propor as soluções adequadas. Porque as grandes questões dos nossos dias, como as desigualdades sociais e económicas, as crises ecológicas ou o avanço da automação não se resolvem apenas com medidas avulsas. Uma revisão completa do modo como a nossa sociedade e sobretudo a nossa economia estão organizadas é essencial.
Se é verdade que a própria existência da Geringonça é algo positivo, a realidade mostrou que os resultados ficaram aquém do necessário. Repuseram-se muitos dos direitos roubados nos anos da maioria PSD-CDS mas pouco ou nada foi feito ao nível estrutural. É difícil aceitar que uma maioria de esquerda não reponha uma taxação forte e progressiva sobre as heranças, que mantenha um vergonhoso programa de vistos gold ou que permita uma governação verdadeiramente desastrosa ao nível ambiental. Caso seja deputado, farei dessas as minhas prioridades pois, como escreveu Brecht, não queremos um remendo, mas sim um casaco novo.