Naturalidade
Massarelos – Porto
Local de Residência
Arcos de Valdevez
Nacionalidade
Português
Profissão
Poeta, Escritor e Tradutor
Apresentação Pessoal
Filipe Faro da Costa, Poeta, Contista, Editor e Tradutor. 38 anos. Nascido em Massarelos – Porto, e resido atualmente em Arcos de Valdevez no distrito de Viana do Castelo. Ao longo da minha vida já residi no Porto, V.N. Gaia, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Braga.
A título de apresentação pessoal com o caráter que esta candidatura me exige, creio ser pertinente esclarecer que me considero antes de tudo um humanista, e que considero idem que o mundo precisa não só de doutores e engenheiros, mas de pensadores que se debrucem sobre a condição humana de forma a entender as dignas ambições de todos e de cada um. A felicidade é um Direito Humano de senso comum, mas não a alcançamos nem a buscamos todos da mesma forma e, por inerência, ela não é igual para todos nós, deveremos, no entanto, ter todos a oportunidade de a alcançar, é pelo menos esse um dos objetivos a que me proponho na vida pessoal e comum.
Dado este mote, passo a expor a minha experiência e orientação política.
Tendo sempre sentido um forte ímpeto de exercício de cidadania na defesa e luta por uma sociedade equitativa, ecologista, humanista e justa, cedo assumi posturas e posições políticas na minha adolescência (contra a PGA; pela Despenalização do Aborto; pela Igualdade de Oportunidades; pela Escola Pública e gratuita) mesmo não me filiando em partidos políticos até 2006 – ano em que me tornei oficialmente militante do PCP – sempre me mantive e defini como adepto das vias cooperativas, socialistas, comunistas e anarquistas, colocando-me sempre na Esquerda de vanguarda e revolucionária.
Em 2013 fui convidado pelo PCP a encabeçar a lista da CDU à Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez, para a qual fui na altura o único eleito na qualidade de Membro da Assembleia Municipal, exercendo o mandato de quatro anos nos quais considero ter dado voz à população e contribuido para o escrutínio democrático, bem como agido na defesa de valores equitativos, ecologistas, e de igualdade de oportunidades, nomeadamente na área da educação, emprego, cultura e ambiente; logrando – apesar do desequilíbrio de representação das forças políticas na referida Assembleia – apresentar e fazer aprovar algumas medidas e propostas para o benefício comum em diversas áreas de interesse público. Cessado o primeiro mandato, em 2017 fui convidado pelo PCP para encabeçar a lista da CDU à Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, tendo sido terceiro na lista à Assembleia Municipal e essa lista almejado o aumento para os dois eleitos na Assembleia Municipal.
Recentemente desvinculei-me do PCP e dos cargos dirigentes que aí ocupava, sem qualquer mágoa ou rancor, por entender que são necessárias novas propostas políticas às populações, por entender que os aparelhos partidários necessitam renovação, e porque interpreto neste momento que no LIVRE essa via de renovação se aproxima mais do cidadão comum, e do seu exercício democrático livre e direto, como entendo que deve ser a Democracia das Gerações do Século XXI; além de uma visão renovada da Europa (UE); e de diversos outros temas que vão fraturando a nossa sociedade.
Assim e em resumo, adquiri experiência política e conhecimento sobre os procedimentos democráticos que as instituições requerem para o exercício da cidadania no sistema democrático representativo, e como tal, disponho-me humildemente a continuar a aprender e dar o meu contributo para a comunidade e para o país se tal for o desígnio que as votações tracem, e se me julgarem valoroso para o efeito de representar o Alto-Minho e os portugueses na Assembleia da República na qualidade de deputado, caso o escrutínio desta pré-candidatura como independente assim o proporcione.
Salva a minha exposição política.
O meu percurso de vida estudantil e profissional inclui trabalho como: Animador Cultural – com crianças dos 5 aos 10 anos de idade – no Agrupamento de Escolas de Arcos de Valdevez; tradutor de inglês por conta própria; frequência da Licenciatura de Inglês-Alemão na Universidade do Minho; empresário/trabalhador na área das Artes Gráficas e Publicidade; frequência da Licenciatura de Línguas Estrangeiras Aplicadas na Universidade do Minho; frequência da renovada Licenciatura de Línguas Aplicadas, a qual estou prestes a terminar sendo finalista de curso; criação de uma editora e de um projeto literário no qual desempenho as funções de autor; Poeta; escritor; tradutor; contista; performer; designer; revisor; etc., desde 2015.
Sendo a Arte, a Literatura e a Cultura, as minhas áreas de eleição para o exercício da cidadania, decidi em 2015 iniciar esse projeto literário com o objetivo de contribuir para a divulgação da Língua Portuguesa e para a criação de conteúdos literários que visam ser mais valias do património da Língua e do Humanismo, bem como agitadores da consciência política e social. Até à data publiquei diversos livros da minha autoria, nomeadamente: “De Mim Para o Mundo” (2015) com traduções para Inglês e Francês; “Poemas de Adil e um Texto Desalinhado” (2015); “Memoh Morto e 5 poemas de Outubro” (2016); “O Livro dos Poemas de Fruto Proibido do Doutor Armando do Sal e outros textos neoexperimentais” (2016); “As Meias do Poeta Victor Nuno de Menezes e outros fragmentos físico-teóricos” (2017); “Este Aparelho Deve Ser Instalado Por Pessoas Competentes” (2018). Como tradutor e editor tenho obras publicadas – e outras em vias de publicação – de Jack London, Edgar Allan Poe, Voltaire e Karl Marx/Friedrich Engels.
Seguramente concluída a minha apresentação pessoal.
Entendo que todas as Gerações devem fazer a sua revolução, aliás, e sincronizando com o grande futurista Almada Negreiros: Uma Geração que não é Revolucionária será uma “Geração que nunca o foi!”; e como tal estou em crer que a nossa geração deve levar avante a revolução de profundidade democrática, ecossocialista e internacionalista que o Alto-Minho, o País e a Europa, necessitam.
Redes Sociais
Apresentação de candidatura
Há um espetro que vagueia pelo mundo, o espetro do Anarcoecologismo. Existe uma geração que nada quer com os Partidos, existe uma geração que caminha para o poder ignorando-o, nascida de uma nova semente, uma geração que tem em suas mãos o pacifismo, o conhecimento histórico, tecnológico, científico e artístico, que revolucionará a Humanidade. Essa geração é a geração Anarcoecologista, e tomará o poder através da desobediência civil contra os sistemas velhacos, corruptos e perversos que destroem o Planeta.
Filipe Faro da Costa, in “Manifesto Político Anarquista Português”
O nosso país atravessou um período dificílimo, vítima de uma dívida pública explosiva, criada e mantida pelo sector privado Português, que provocou a partir de 2004 uma situação de sobreendividamento do Estado por esse se ver obrigado a assumir e absorver os compromissos que diziam respeito à banca – mas não só -, e que, com o colapso económico de 2008, acabamos todos – os contribuintes – a ter que pagar para o benefício de alguns, com a desculpa – quiçá legítima – de salvar o sistema financeiro. A esse período não será alheio um contexto europeu que não tem servido os interesses das economias mais pequenas e frágeis da União Europeia, colocando Portugal numa situação de subserviência perante as maiores potências europeias, mantendo um fosso entre os povos europeus carentes de equidade, igualdade e solidariedade. Portugal e outros países com economias mais débeis necessitam de fazer passar e libertar-se dos seus défices e problemas estruturais, aproximar os salários nas suas áreas geográficas e aumentar a igualdade para que não haja europeus de segunda e europeus de primeira. Um dos caminhos será sem dúvida o caminho da união de esforços e diálogo entre os que partilham dessa visão ecologista, de igualdade e solidariedade, de salvaguarda de serviços públicos essenciais na saúde e na educação, onde entendo que o LIVRE pode e virá expectavelmente a participar, e através do qual espero eventualmente poder contribuir.
Portugal é um país de vincadas assimetrias, nomeadamente entre a área urbana e a área rural, entre os grandes centros metropolitanos e o interior, entre os mais ricos e a classe média, entre a classe-média e o ‘lumpemproletariado’. Com uma cultura advinda da descoberta e do intercâmbio entre os povos, Portugal é dono de uma maravilhosa diversidade, mas mantém as suas assimetrias ensimesmadas de uma Revolução de 25 de Abril que teima em não chegar às áreas mais interiores e não só. É importante que o país não seja Lisboa, Porto, Braga e paisagem, é necessário que se dê voz às comunidades do interior e das áreas menos povoadas para que essas tenham condições de vida e de proximidade aos centros de apoio, de serviços, e de decisão do país que sejam justas para com a sua interioridade e fixação populacional, para o seu crescimento agrícola, cooperativo e empresarial com condições de vida dignas.
Posto isto, é urgente e necessário que preconizem políticas e que se dê instrumentos às áreas mais desfavorecidas do País, e sabemos todos, os que vivem no Alto-Minho, que este distrito em que residimos sofre com a distância aos centros de decisão; sabemos que residimos num dos distritos com maiores défices económicos e sociais, onde a Escola e a Universidade continua a ser uma miragem para muitos, onde a emigração continua a ser uma das principais opções para os que buscam a felicidade e o equilíbrio nas suas vidas. Vivemos numa região onde é necessário criar soluções para onde os jovens possam alcançar os seus sonhos e legítimas ambições impedindo o colapso da pirâmide etária, deixando cada vez mais as populações idosas ao abandono e entregues a instituições. O rejuvenescimento do Alto-Minho é obrigatoriamente parte essencial para um boa economia social na região, e para tal é preciso apresentar políticas, medidas e soluções exequíveis, que não se limitem a despender fundos europeus para projetos megalómanos ou sem benefício direto das suas populações; é necessário aproximar os serviços públicos de primeira necessidade às populações, a educação, a saúde, os meios e vias de comunicação; aproveitar racionalmente o caráter rural e natural das nossas paisagens, mas também o dos nossos pequenos centros urbanos, levando mais cultura, mais ecologia, mais conhecimento, mais desenvolvimento humano às populações, não só na malha urbana de Viana do Castelo, mas em Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, e valorizar o Parque Nacional da Peneda-Gerês como um ex-libris na Europa oferecendo às suas populações melhores condições que amenizem a sua interioridade geográfica; para tal é necessária uma voz ativa do Alto-Minho na Assembleia da República e não mais um lacaio dos interesses centrais.
Estou em crer que é nos pequenos partidos onde a cidadania é mais próxima e na ação mais direta, nomeadamente à Esquerda, que estão as novas e mais vanguardistas das soluções para o futuro político do nosso país, no alertar e concertar esforços por melhores soluções ambientais, promovendo uma educação para a Ecologia num território onde existem excelentes bases humanas e naturais para o fazer. Isso pode permitir romper com as forças e estruturas tradicionais que se tornaram estanques e dependentes das linhas-guia do centralismo-democrático, da Esquerda à Direita, e propor mais e novas soluções ao país; e por isso achei que era Tempo de Avançar para um novo desafio de cidadania, decidi então pré-candidatar-me pelo LIVRE como independente, quiçá para que surja uma nova área de intervenção política e de cidadania no Alto-Minho onde todos possamos participar.
Estes são, e por fim, alguns dos temas que me levam a apresentar-me e disponibilizar-me como candidato a estas Eleições Primárias do Livre e/ou candidato à Assembleia da República pelo LIVRE, se tal for entendimento dos seus membros, apoiantes e votantes no Círculo Eleitoral de Viana do Castelo.
Cordiais Saudações EcoRevolucionárias.
Filipe Faro da Costa