O LIVRE, consciente do conturbado início do ano letivo, devido a um erro no concurso de contratação de professores, vem por este meio pedir a responsabilização política do Ministro da Educação, Nuno Crato.
Verificou-se, no arranque do ano letivo, um atraso insustentável na colocação de professores, e de funcionários, o que fez com que as escolas vivessem um período verdadeiramente atribulado, sem condições para o seu pleno funcionamento. Quatro semanas passadas do início do ano letivo, estipulado pelo ME (entre os dias 11 e 15 de setembro) ainda há professores sem trabalho e crianças sem aulas. Perante a indignação dos professores, das famílias, da Direção das escolas, e dos sindicatos, o Ministro acena com uma comissão parlamentar.
Este concurso de colocação teve um pouco de tudo. Senão veja-se: um número significativo de professores que estiveram colocados na primeira Bolsa de Contratação de Escola e que continuam colocados na mesma escola, há outros docentes que vão mudar de estabelecimento de ensino e há outros que já estavam colocados e que não têm agora colocação.
Os danos causados pelo erro de Crato afetam toda a comunidade escolar, naquilo que se confirma ser, uma vez mais, uma política de desinvestimento na educação o que gera uma enorme desigualdade que a escola pública tem de procurar diminuir. Assim, o LIVRE considera que o Ministro Nuno Crato não tem condições políticas para continuar no governo.