Teve lugar hoje, dia 28 de março, a leitura da sentença do julgamento de prisioneiros de consciência angolanos, 17 jovens que promoviam encontros de reflexão sobre democracia e que acreditam numa sociedade mais justa e plural. Numa clara violação dos princípios do julgamento justo, os ativistas foram condenados a penas entre 2 e 8 anos de prisão efetiva.
O LIVRE deplora estas condenações a opositores pacíficos e apela a que as autoridades portuguesas, do Presidente da República ao Primeiro-ministro passando pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, ajam em conformidade e rejeitem aquela que é uma clara violação dos direitos fundamentais tais como elencados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Esta sentença deixa claro que o regime não está disposto a uma viragem determinante para a democratização em Angola. Mais do que nunca, os democratas angolanos precisam da solidariedade da opinião pública internacional e, em particular, da sociedade civil portuguesa. O LIVRE juntará as suas forças às de todos os que lutam pelos direitos humanos e pela democracia em Angola e apela a todos os amigos deste país e defensores dos direitos humanos que não deixem de fazer ouvir a sua voz. Só através da pressão internacional e do isolamento do regime as elites políticas angolanas entenderão que este não é o caminho.