A pobreza não é admissível numa democracia

A pobreza não é admissível numa democracia

Em Portugal, quase 22% dos cidadãos vive em risco de pobreza ou exclusão social.

Um terço, mesmo trabalhando, não consegue assegurar despesas essenciais, como fazer uma alimentação equilibrada ou aquecer a casa.

São necessárias 5 gerações para que os descendentes de uma família de baixos rendimentos possam alcançar os rendimentos médios.

O género, a idade, a etnia, a nacionalidade, a capacidade/incapacidade, são determinantes na vulnerabilidade ao risco de exclusão e pobreza. A pobreza e a exclusão social não serão combatidas e nunca serão erradicadas através da multiplicação de medidas assistencialistas pontuais, erráticas e muitas vezes atentatórias da dignidade daqueles a quem se destinam.

O LIVRE defende como uma das suas prioridades o aumento do salário mínimo nacional para valores que permitam uma vida digna, assim como o estabelecimento de um rácio máximo de desigualdade salarial em cada empresa. 

É necessário concretizar o direito constitucional à habitação, seja através do reforço da habitação pública, seja através do apoio a cooperativas habitacionais. Não é aceitável que numa democracia ainda exista quem não consiga aceder à habitação.

A atual pandemia agravou as situações de pobreza e privação de muitos dos nossos concidadãos, por isso, mais do que nunca, é importante a implementação de um Rendimento Básico Incondicional de Emergência, que chegue a todos, tal como foi defendido pelo LIVRE desde o início da crise pandémica. 

A existência de pobreza é contrária aos princípios da própria democracia. No Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, o LIVRE assume o combate à pobreza através da defesa de medidas que garantem uma justa redistribuição da riqueza na sociedade portuguesa, o acesso efetivo de todos à educação e a promoção de políticas de igualdade a todos os níveis.

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