Candidato por Lisboa
Naturalidade
Lisboa
Local de Residência
Lisboa
Nacionalidade
Portuguesa
Profissão
Historiador
Apresentação Pessoal
Como muitos de vós — na prática, todos nós — estou aqui graças ao 25 de Abril. Não só porque esse é o dia fundador do nosso regime democrático, que em breve terá mais dias do que teve a ditadura. Mas também porque a partir daí se formou, ainda que com lacunas e dificuldades, o estado social que me permitiu de inúmeras formas ser quem sou, beneficiar do SNS e da escola pública, estudar com bolsas dentro e fora do país — tudo coisas inconcebíveis para a geração dos meus pais, vinda de uma aldeia no Ribatejo para a capital no pós-guerra. Este é o momento de devolver o que devemos à democracia e ao estado social. Quem quer que o país mude, tem de se apresentar. E eu — historiador, 49 anos, atualmente vereador sem pelouro pelo LIVRE na Câmara Municipal de Lisboa — quero que o país mude.
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Apresentação de candidatura
De que precisa o país?
– de uma nova cultura de diálogo e compromisso. Andar a pôr todo o peso em negociações orçamentais, sem uma folha de rota para o país, não é vida. Dissemo-lo em 2019, depois da maior maioria eleitoral e parlamentar da esquerda desde o 25 de abril: o que era preciso era que todos os partidos dessa maioria se sentassem à mesa para construírem em conjunto um programa de legislatura.
– de uma política que dê respostas muito concretas às questões mais prementes da vida das pessoas no atual momento. Como é possível que Portugal continue a viver numa armadilha de salários baixos e más condições de trabalho? Como é possível que Portugal continue a ser um dos países onde se vive com mais desconforto térmico nas nossas casas e locais de trabalho? Como é possível que haja uma fratura entre uma geração que conseguiu comprar casa e uma geração que nem sequer consegue pedir emprestado para comprar casa? A resposta está em construir para o nosso país uma economia do conhecimento que sustente salários mais altos, que por sua vez garantem uma Segurança Social mais forte e serviços públicos de maior qualidade. A resposta está num Novo Pacto Verde que reembolse todos os gastos na preparação dos edifícios para um conforto térmico ecológico e sustentável. A resposta está num programa de apoio à compra de primeira casa no qual o Estado comparticipa a entrada para o empréstimo e fica com a percentagem correspondente do imóvel até à devolução desse dinheiro.
– de uma visão a longo prazo para si mesmo, na Europa e no mundo. Precisamos de um modelo de desenvolvimento que tire partido das nossas condições únicas para tornar Portugal numa sociedade e numa economia de alto desenvolvimento no plano europeu e global, que tire partido da nossa biodiversidade e das nossas condições naturais únicas para nelas desenvolver uma agricultura e um turismo de alta qualidade. Que valorize os nossos trabalhadores para criar uma nova cultura de gestão com maior respeito e equilíbrio pelos tempos de trabalhos, mais produtiva, e com maior valor acrescentado. Que tire partido do nosso posicionamento na União Europeia e no mundo para fazer de nós um eixo de inovação social e ecológica na economia global.
O momento para o fazer é agora. Aproximamo-nos dos 50 anos do 25 de Abril; é hora de fazer os grandes debates do nosso futuro. Estas são as resposta que o LIVRE pode dar e de que o país precisa — e que estarei honrado a apresentar em nosso nome, se as primárias assim o decidirem.