Esta foi mais uma eleição em que a grande vencedora foi a abstenção – que se situou em mais de 46%.
Vemos com preocupação um sistema político no qual perto de metade dos eleitores não vota ou não lhes é dada possibilidade de votar, como no caso dos jovens que estudam fora da Madeira e para quem não estão criadas as condições para exercer este direito fundamental.
Os madeirenses voltaram a castigar o Governo Regional e, depois de há quatro anos o PSD ter perdido a maioria absoluta, também agora a coligação PSD/CDS não consegue garantir essa maioria.
Não obstante, com uma maioria de direita no parlamento regional, onde a extrema-direita se estreia com um grupo parlamentar e a IL também consegue eleger, não estão reunidas as condições para um Governo que faça frente aos problemas sociais, tendo como prioridade a erradicação da pobreza, e os problemas ambientais do arquipélago.
Estas foram as primeiras eleições regionais para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira a que o LIVRE concorreu, conseguindo mais de 850 votos. O resultado não foi suficiente para eleger, mas o LIVRE orgulha-se do trabalho sério e dedicado dos nossos candidatos e candidatas na Madeira, ao longo destes últimos meses.
Este resultado representa, no Funchal, uma melhoria face ao resultado das eleições autárquicas, o que demonstra a tendência de crescimento e consolidação dos resultados do LIVRE na Região.
Este trabalho é agora a base a partir da qual vamos cimentar a presença do partido na Região Autónoma e levar o LIVRE ao parlamento regional daqui a quatro anos. Deixamos ainda o nosso sincero agradecimento às dezenas de madeirenses e portosantenses que integraram as listas do LIVRE, totalmente paritárias e com uma maioria de independentes.
Os madeirenses e portosantenses podem contar com o LIVRE, que continuará a defender os interesses da Região Autónoma da Madeira, através de uma visão de esquerda, progressista e ecológica.