Solidariedade com as populações afetadas pela tempestade Cláudia

Solidariedade com as populações afetadas pela tempestade Cláudia

O LIVRE manifesta a sua profunda solidariedade para com as populações fustigadas pela tempestade Cláudia, e em particular para com as famílias e comerciantes afetados pelas inundações, que no distrito do Porto atingiu com grande impacto o município de Vila do Conde, e com especial gravidade a freguesia de Modivas. Perante prejuízos de “centenas de milhares de euros” e a aflição da população local, a nossa primeira palavra é de apoio às vítimas e de agradecimento à proteção civil e às equipas autárquicas que se empenharam nas operações de socorro.

Sucedendo com uma frequência cada vez maior,  importa mitigar os impactos destes eventos climáticos extremos, seja pelo mapeamento de locais mais suscetíveis e reforço dos meios adequados para a Proteção Civil, mas também pela reabilitação e manutenção de ecossistemas, habitats e infraestruturas verdes, no sentido de aumentar a resistência e resiliência do território. Mas constatamos que a impreparação, notada pelo executivo Vilacondense, não teve expressão apenas na Ribeira da Lage (Modivas), tendo-se verificado também na falha de planeamento e descoordenação entre a Câmara Municipal e a Infraestruturas de Portugal, que pôs em risco a ponte D. Zameiro — um dos ex libris do concelho e de inestimável valor histórico e arquitetónico —, perante a ameaça ao ecossistema duma espécie invasora. O LIVRE exige melhor articulação futura entre as entidades para proteger o património municipal e evitar gastos desnecessários para corrigir procedimentos desadequados.

Recusamos aceitar que a resposta se limite a contabilizar prejuízos e a persistir com as mesmas estratégias e procedimentos. Defendemos, com base no conhecimento científico, uma mudança de paradigma.  É urgente dotar os nossos municípios de alternativas para absorver os excessos de pluviosidade, implementando Soluções Baseadas na Natureza e Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável (tais como “jardins de chuva” ou pavimentos permeáveis), na revisão do PDM e em todas as novas urbanizações.

Estas ocorrências, embora potenciadas pelas alterações climáticas, são também falhas políticas. O LIVRE estará assim sempre disponível para discutir estas soluções com todas as forças políticas e a sociedade civil, de forma a garantir concelhos mais resilientes e preparados, que protejam as suas gentes, o ambiente e o património.

 

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