Pela evacuação de Moria e o acolhimento imediato dos refugiados nos países da União Europeia

Pela evacuação de Moria e o acolhimento imediato dos refugiados nos países da União Europeia

Esta noite, mais 13000 pessoas não vão ter onde dormir. Um incêndio deflagrou no campo de refugiados de Moria em Lesbos, na Grécia. As chamas devastaram totalmente o campo. 

As condições de vida em Moria já há muito que vinham sendo criticadas tanto por médicos como por membros de ONGs e outros grupos de apoio a refugiados. O muito pouco que os refugiados em Moria tinham ficou hoje reduzido a cinzas.

O LIVRE considera que não é aceitável que refugiados que procuram asilo na Europa tenham de ter vivido nestas condições e apela às instituições europeias para que, de uma vez por todas, tomem ações decisivas no sentido de providenciar condições de vida que garantam dignidade a todas as pessoas em solo europeu.

O incêndio que deflagrou neste campo de refugiados representa um desafio ainda maior e que exige uma resposta imediata por parte das autoridades gregas e europeias, sem esquecer o contexto de pandemia que vivemos. É urgente evacuar o campo de refugiados de Moria e assegurar que todos os refugiados que nele se encontravam são protegidos e que lhes é garantido um porto seguro em solo europeu. A pressão não pode recair apenas sobre alguns dos estados membros e a única solução para esta crise humanitária é a solidariedade entre todos os 27 estados-membros da UE.

O LIVRE apela a que as instituições europeias e os governos dos estados-membros da UE tomem de imediato medidas para garantir o acolhimento digno de todos os refugiados que vivem em condições extremamente precárias em solo europeu, sendo a situação particularmente urgente para quem perdeu tudo em Moria. 

Saudamos as palavras da Comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, que garantiu que a segurança e o abrigo para todas as pessoas de Moria são a prioridade, tendo anunciado que  a União Europeia vai financiar a transferência de pelo menos 400 crianças e adolescentes que não estão acompanhados pelos pais. No entanto, é urgente que a UE passe das palavras à ação imediata para garantir a segurança e abrigo, não apenas a crianças e jovens, mas a todas as 13000 pessoas refugiadas em Moria e em todos os outros campos de refugiados em solo europeu, campos esses que devem ser desmantelados e os seus habitantes acolhidos. 

É hora de a União Europeia concretizar o seu princípio fundador da solidariedade. Entre os seus membros e com todas as pessoas que dela necessitem. Não queremos uma Europa fortaleza. Queremos uma Europa solidária!

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