As eleições regionais na Madeira, que decorreram num cenário político marcado pelo final precipitado da anterior legislatura, eram particularmente complexas para o LIVRE. O partido conseguiu, ainda assim, ir aos vários pontos do arquipélago levando uma mensagem de esperança e de mudança. Foram muitos os madeirenses e porto-santenses que nos incentivaram a continuar, olhando para nós como uma força importante para o presente e para o futuro.
Num cenário em que as forças de esquerda perderam votos – e que, no caso de BE e CDU, se traduziu na perda de representação na Assembleia Regional – o LIVRE consegue mais votos e maior percentagem de votos que os obtidos em 2023. Ainda assim, este é um mau resultado para as esquerdas e em relação ao qual uma reflexão se exige.
O PSD foi o partido mais votado, podendo manter-se no poder apesar da controvérsia que rodeou o Governo anterior, culminando 48 anos durante os quais manteve a Região na cauda do país e da União Europeia nos indicadores de pobreza e exclusão social.
Outro apontamento negativo é o da taxa de abstenção, que se manteve acima dos 50%, sugerindo desconfiança e desinteresse no processo político. Muitos eleitores madeirenses sentem que o voto não traz mudanças reais ou que as opções disponíveis não representam os seus interesses.
A entrada do LIVRE na Assembleia Regional teria contribuído para a construção de uma alternativa progressista que pudesse virar a página após décadas de domínio da direita. Infelizmente, o objetivo da eleição não foi conseguido. No entanto, a subida da votação no LIVRE mostra a importância de continuar o seu trabalho de implantação no arquipélago, trabalhando ao lado dos madeirenses e porto-santenses para se afirmar enquanto o voto da esquerda verde europeísta e regionalista.