Reação às Eleições Regionais da Madeira de 2024

Reação às Eleições Regionais da Madeira de 2024

As eleições regionais na Madeira, que decorreram num cenário político marcado pelo final precipitado da anterior legislatura, eram particularmente complexas para o LIVRE. O partido conseguiu, ainda assim, ir aos vários pontos do arquipélago levando uma mensagem de esperança e de mudança. Foram muitos os madeirenses e porto-santenses que nos incentivaram a continuar, olhando para nós como uma força importante para o presente e para o futuro.

Num cenário em que as forças de esquerda perderam votos – e que, no caso de BE e CDU, se traduziu na perda de representação na Assembleia Regional – o LIVRE consegue mais votos e maior percentagem de votos que os obtidos em 2023. Ainda assim, este é um mau resultado para as esquerdas e em relação ao qual uma reflexão se exige. 

O PSD foi o partido mais votado, podendo manter-se no poder apesar da controvérsia que rodeou o Governo anterior, culminando 48 anos durante os quais manteve a Região na cauda do país e da União Europeia nos indicadores de pobreza e exclusão social. 

Outro apontamento negativo é o da taxa de abstenção, que se manteve acima dos 50%, sugerindo desconfiança e desinteresse no processo político. Muitos eleitores madeirenses sentem que o voto não traz mudanças reais ou que as opções disponíveis não representam os seus interesses.

A entrada do LIVRE na Assembleia Regional teria contribuído para a construção de uma alternativa progressista que pudesse virar a página após décadas de domínio da direita. Infelizmente, o objetivo da eleição não foi conseguido. No entanto, a subida da votação no LIVRE mostra a importância de continuar o seu trabalho de implantação no arquipélago, trabalhando ao lado dos madeirenses e porto-santenses para se afirmar enquanto o voto da esquerda verde europeísta e regionalista.