Após milhares de profissionais da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana se terem manifestado junto da Assembleia da República, o LIVRE vem expressar solidariedade com as principais reivindicações que serviram de base às ações de protesto.
Em geral, consideramos justas as céleres atualizações de rendimentos que infelizmente têm vindo a ser adiadas. Tendo em conta os riscos e o elevado grau de intensidade associados ao exercício destas profissões, a atribuição de complementos de risco e o reconhecimento destas profissões como sendo de desgaste rápido, são medidas que também consideramos legítimas e urgentes.
O progressivo envelhecimento médio do efetivo requer também uma resposta que não pode deixar de passar pela contratação de novos agentes num ritmo que permita compensar a aposentação de uma grande parte dos agentes. Não deixa de preocupar também o LIVRE a falta de investimento público que se tem verificado face às infraestruturas necessárias ao exercício quotidiano das funções de segurança no país. Esquadras, camaratas, veículos e equipamentos têm-se deteriorado a um ritmo superior à respetiva atualização e manutenção. Também a esse respeito é fundamental acelerar o passo.
Nesta medida o programa eleitoral do LIVRE às eleições legislativas propunha a dignificação da Administração Pública e de todos os trabalhadores de carreiras e corpos especiais, onde naturalmente se incluem as polícias, através do descongelamento das carreiras, e da melhoria das suas condições de trabalho.
Finalmente, o LIVRE sublinha ainda a necessidade de se repensar, com a participação da sociedade civil, o modelo de presença e distribuição das forças de segurança no território, rumo à restituição do policiamento de proximidade que, de forma geral, permitiu no passado promover relevante apoio junto das comunidades e em particular das mais vulneráveis e idosas.
Foto: Facebook Polícia de Segurança Pública
