Diminuir a produção de resíduos
Visita ao Centro de Resíduos e Valorização Orgânica do Pico
7 de outubro | 11:00 | Centro de Resíduos e Valorização Orgânica do Pico
Filipe Gomes, cabeça-de-lista pelo Pico, visitou o Centro de Resíduos e Valorização Orgânica do Pico para compreender melhor o potencial e os constrangimentos desta infraestrutura essencial na gestão de resíduos na ilha.
E como foi esta manhã?
“Hoje o LIVRE Açores esteve no Centro de Processamento de Resíduos do Pico, em São João, para tomar conhecimento do processo de separação que aí se realiza. Para além disso, e seguindo o compromisso da utilização mínima de carro próprio (ainda não usei), que assumi desde a 00h de dia 02, até às 00h de dia 15 de outubro, utilizei boleias e autocarro para lá chegar às 11h.
Tentando resumir a muita informação absorvida no Centro de Resíduos do Pico, dada pela Janete Silva, a quem agradeço a disponibilidade e tempo dispendido, há vários aspectos que saltam mais à vista.
O Centro acaba por dispender a maior parte do tempo na separação de lixos indiferenciados, ou seja, o lixo que antes ia para as lixeiras, na época em que nem havia aterros.
Seria muito mais vantajoso, em termos económicos e de capacidade de processamento dos resíduos, se as pessoas tivessem muito mais cuidado naquilo que põem nos contentores.
No seu programa eleitoral, o LIVRE defende uma aposta nos primeiros dois Rs que ficaram um pouco esquecidos (reduzir e reutilizar), mas na necessidade de processar os resíduos existentes, há que facilitar esse trabalho a quem o faz.
Senti alguma vergonha pelo lixo que faço, embora seja mínimo (exceptuando o reciclável separado), quando me apercebi que afinal todo o lixo passa pelas mãos daqueles funcionários. Tentar facilitar-lhes o caminho, tentar não só valorizar os resíduos, mas também o tempo destas pessoas, é uma obrigação que todos temos.
Não só quero agradecer esse trabalho, mas também fazer o possível para facilitá-lo. A conclusão é que as soluções têm de ser aplicadas muito mais cá atrás, à porta de casa. Acredito que existem e é uma questão de tempo até o processo funcionar melhor em toda a escala.
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Em relação aos transportes públicos, que era o segundo objectivo da visita/viagem, de facto é muito difícil chegar a certos sítios no Pico, utilizando exclusivamente o autocarro. Se eu trabalhasse no centro, teria de ir de boleia com alguém, pelo menos em parte do percurso. Talvez apanhar autocarro (de Santa Luzia) às 07h30 e depois boleia da Madalena. Para trás boleia e autocarro às 17h45. De outro modo seria impossível. Depende muito da viagem que se quer fazer. Acabei por fazer outro percurso, e apanhar boleia para São Roque, mais autocarro para Santa Luzia.
Agradeço ainda as duas boleias do dia de hoje!
Mais detalhes nas descrições das fotos aqui.”
Do nosso Programa Eleitoral:
Os Açores estão muito atrás das metas europeias de reciclagem. Este quadro negativo é acentuado pela recente decisão de construção de duas incineradoras, uma já em funcionamento na Terceira e outra em concurso para São Miguel, num investimento total superior a 100 milhões de euros. Esta opção, que foi muito criticada pelas associações ambientalistas açorianas, colocará sérios obstáculos a uma política consequente de prevenção de resíduos a nível regional.
PARA DIMINUIR OS RESÍDUOS O LIVRE DEFENDE:
- Reduzir e reutilizar, e só depois reciclar
- Sistemas de compostagem de resíduos sólidos urbanos
Um programa vigoroso de prevenção dos resíduos e de reciclagem dos que venham a ser produzidos, associado ao tratamento mecânico e biológico dos resíduos orgânicos deve reduzir a pressão sobre os aterros e eliminar a necessidade de incineração.