Conservação da biodiversidade | 7 OUT | Centro de Interpretação do Priolo, São Miguel

Conservação da biodiversidade | 7 OUT | Centro de Interpretação do Priolo, São Miguel

Conservação da biodiversidade

Visita ao Centro de Interpretação do Priolo

7 de outubro | Encontro às 14:30 na central de camionagem, boleia em veículo da SPEA

O estado da biodiversidade nos Açores é preocupante: dois terços das espécies endémicas (que não se encontram em mais nenhum lugar do planeta) estão em declínio acentuado. A rede regional de áreas protegidas tem uma cobertura insuficiente e a maioria das espécies com interesse de conservação não tem proteção legal.
Os candidatos José Azevedo e Ana Filipa Castro pretendem chamar a atenção para o esforço que tem sido feito na Serra da Tronqueira para a preservação do priolo, o pássaro mais ameaçado da Europa.

E como correu esta tarde?

“E se nos Açores não houvesse espécies ameaçadas de extinção?

Os Açores têm centenas de espécies endémicas de plantas e animais, isto é, de seres vivos que não se encontram em mais nenhum lugar do mundo. A mais icónica destas será o priolo, um pássaro que apenas se encontra na Serra da Tronqueira na ilha de São Miguel.

Visitámos hoje o Centro de Interpretação do Priolo, para conhecermos melhor o trabalho que ali é desenvolvido pela SPEA. Com financiamento comunitário de sucessivos projetos financiados pelo programa LIFE, e com o apoio do governo regional e da autarquia de Nordeste, aquela associação tem desenvolvido um trabalho exemplar. Muito graças ao conhecimento obtido e mobilizado pela SPEA o priolo já não está em vias de extinção, embora continue a ser uma espécie ameaçada.

Para isso foi necessária uma ação de restauro e conservação da laurissilva, uma vez que só mantendo este habitat é possível manter o priolo. Esta ave torna-se assim a figura de proa de todo um esforço de conservação da riquíssima biodiversidade albergada pela floresta primitiva dos Açores.

A nota negativa da nossa visita foi a precariedade do esforço que está a ser feito. É muito raro o programa LIFE apoiar dois projetos no mesmo sítio, e a SPEA está neste momento a desenvolver o terceiro. A partir de 2018, portanto, não há garantia de que haja dinheiro comunitário para manter a “jardinagem” da Tronqueira.

E é de jardinagem que se trata. De facto, não basta classificar uma área como protegida para resolver os problemas de conservação da biodiversidade: o número crescente de turistas degrada inevitavelmente o habitat, enquanto as espécies invasoras destroem a vegetação da qual o priolo depende. É fundamental sinalizar e reparar os trilhos, é crítico um trabalho permanente de controlo das infestantes. Estas são tarefas para serem asseguradas numa base regular e para sempre, se queremos conservar o priolo. E para isso é preciso dinheiro.

Independentemente do investimento que a Região possa fazer com verbas próprias, penso que chegou o momento de encarar de frente a necessidade de cobrar a utilização dos espaços naturais. Não me parece difícil que as pessoas aceitem a ideia de que devem contribuir para conservar aquilo que gostam de ver conservado. Uma taxa turística cobrada à entrada nos Açores, acrescida de uma taxa para quem quiser fazer percursos pedestres, constituiriam uma fonte de financiamento essencial para a Estratégia Regional para a Conservação da Natureza e do Ambiente que o LIVRE quer ver discutida e aprovada no Parlamento regional.”

in www.facebook.com/joseazevedopoliteia

Do nosso Programa Eleitoral:

O estado da biodiversidade nos Açores é preocupante: dois terços das espécies endémicas (que não se encontram em mais nenhum lugar do planeta) estão em declínio acentuado. A rede regional de áreas protegidas tem uma cobertura insuficiente e a maioria das espécies com interesse conservacionista não tem proteção legal.

PARA CONSERVAR A BIODIVERSIDADE O LIVRE DEFENDE:

  1.     Elaboração de uma Estratégia Regional para a Conservação da Narureza e da Biodiversidade
  2.     Oposição à mineração do mar profundo
  3.     Elaboração de Planos de Gestão para os Parques Naturais de Ilha.

Não basta que os locais, ecossistemas, habitats ou espécies estejam identificados: é necessário utilizar a informação já disponível, orçamentar medidas de gestão e proceder à respetiva implementação. Para tal, é necessário definir Planos de Gestão e dotar os Parque de Ilha dos recursos financeiros e humanos adequados à sua missão.