O LIVRE apresentou na Câmara Municipal de Lisboa e apresenta hoje na Assembleia da República um Voto de solidariedade e pela libertação imediata de Vladimir Kara-Murza.
No passado dia 11 de abril, foi detido à saída da sua casa em Moscovo o ativista de direitos humanos Vladimir Vladimirovich Kara-Murza, uma das vozes mais críticas do regime de Vladimir Putin que ainda se conseguiam fazer ouvir. Já por duas vezes Vladimir Kara-Murza foi vítima de tentativas de envenenamento, das quais recuperou apenas para decidir permanecer na Rússia e continuar a denunciar a repressão aos direitos humanos e às liberdades no seu país.
Na atual nova fase da guerra contra a Ucrânia, Kara-Murza tem dado entrevistas, em particular a órgãos de comunicação social estrangeiros, denunciando aquilo a que chamou um “regime de assassinos” ao comando do seu país.
À hora da escrita deste voto, Vladimir Kara-Murza não foi ainda libertado, nenhuma acusação formal de crime lhe foi dirigida e apenas se sabe que que ficará preso por mais duas semanas.
Tendo em vista estes factos, e a importância do percurso cívico e político de Vladimir Kara-Murza, o LIVRE apresentou um voto na AR a exprimir a sua solidariedade para com Vladimir Kara-Murza e a exigir a sua libertação imediata. Todos os esforços internacionais devem ser feitos no sentido de assegurar acesso a Vladimir Kara-Murza por parte da sua família e advogados, assim como garantir as condições necessárias para o desenvolvimento da sua atividade em segurança e em boas condições de saúde;
Esta injustificada e inaceitável privação da liberdade de um ativista dos direitos humanos não pode deixar de ser vivamente repudiada pelo LIVRE.